16 de julho de 2024
COMO EVITAR

Acidentes domésticos com crianças aumentam durante as férias

Por Rafaela Silva Ferreira | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 4 min
DIVULGAÇÃO
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também divulgou uma lista de orientações a serem adotadas para prevenir acidentes

Com a chegada das férias escolares, muitas famílias se preparam para receber as crianças em casa. No entanto, esse período de descanso pode trazer consigo um aumento nos riscos de acidentes domésticos envolvendo os pequenos. O número de internações de crianças menores de 10 anos em consequência de quedas, por exemplo, passou de 335 mil nos últimos dez anos. Apenas no ano de 2023, mais de 33 mil crianças nessa faixa etária foram internadas por esse motivo em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, saber como proteger a casa e tomar precauções adequadas pode fazer toda a diferença para garantir a segurança dos seus filhos.

Segundo o ortopedista pediátrico Wilson Lino Junior, as crianças estão sempre em movimento e procurando aventuras e interação com seus semelhantes. "Devemos pensar em alguns fatores que podem justificar a maior quantidade de traumas e acidentes: a coordenação das crianças está em constante desenvolvimento, a marcha normal só se assemelha à de um adulto aos 6 anos de idade e mudanças corporais ocorrem até a fase final de crescimento, próximo dos 16 anos de idade”.

Por isso, segundos após um acidente, a orientação é observar a criança. “Desmaios e vômitos são sinais de alerta com traumas de cabeça. Deformidades, dor intensa nos membros são sinais de fratura. Ferimentos cortantes com sangramento abundante também devem levar ao pronto-socorro", enumera o médico.

No caso de trauma nos membros, recomenda-se imobilização provisória, nos ferimentos sangrantes deve-se envolver com toalha ou pano limpo e não fazer garrotes e torniquetes. "Nunca colocar substâncias como café, óleo, pasta de dente e outros produtos de crendices que podem contaminar os ferimentos, causar infecções graves e dificultar o tratamento”, alerta.

Já a pediatra Renata Waksman diz que é preciso encarar o problema como uma epidemia. “Acidentes podem ocorrer em todos os níveis sociais. Aquela criança que tem acesso direto à rua corre risco, mas a outra, que mora em um condomínio, pode ser atropelada na porta da garagem. Infelizmente, [o risco de acidente] está se tornando uma situação muito democrática.”

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também divulgou uma lista de orientações a serem adotadas para prevenir acidentes. Confira as indicações conforme a faixa etária:

Crianças com menos de 1 ano

Crianças de 1 a 4 anos

Crianças de 5 a 9 anos

Emergências

Se uma criança sofrer um acidente em casa em Jundiaí ou região, é importante agir rapidamente. Aqui estão algumas opções de quem contatar: