21 de dezembro de 2024
TRAMA FAMILIAR

Caso de médico esquartejado expõe disputa por herança de R$ 3 mi

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Blog True Crime/Metrópoles
O Ministério Público considera o fim do casamento o a motivação para o assassinato do cardiologista.

O assassinato de um cardiologista de Recife (PE), em junho de 2018, por esquartejamento, expôs a disputa familiar por uma herança de R$ 3 milhões. Segundo o portal Metrópoles, Jussara Paes, esposa do médico Denirson Paes, foi condenada pelo crime, enquanto o filho mais velho, Danilo, de 28 anos, foi absolvido em outubro de 2023 por falta de provas.

Relembre o caso: Filho acusado de matar médico esquartejado é absolvido em julgamento em PE

Segundo a apuração do jornalista Ulisses Campbell, do blog True Crime, do jornal O Globo, Denirson pediu a separação da esposa no dia anterior à sua morte. Ele planejava sair de casa para viver com outra mulher. Para o Ministério Público, o fim do casamento foi a motivação do assassinato.

Em 2018, tanto Jussara quanto Danilo foram presos -- o rapaz foi suspeito de ter ajudado a mãe a matar o pai, segundo o inquérito, que teve acesso aos áudios de WhatsApp que revelaram que pai e filho brigavam e discutiam com frequência.

Durante o julgamento, Jussara confessou o homicídio e detalhou a morte do marido. Ela contou que aplicou um mata-leão em Denirson e o esfaqueou. Além disso, ateou fogo ao corpo e jogou o cadáver num poço. Jussara alegou que agiu sozinha, e justificou que era agredida pelo cardioologista. Ela foi condenada a 19 anos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Ainda segundo o Metrópoles, a batalha jurídica começou logo após o julgamento, quando Daniel, filho caçula da vítima, de 25 anos, entrou com ação para impedir que a mãe e o irmão recebessem parte da herança.

Jussara foi excluída da sucessão ao confessar o crime, porém, por ter sido casada em regime de comunhão parcial de bens, tem direito à metade do patrimônio do marido.

Caso a decisão seja tomada em seu favor, ela poderá receber cerca de R$ 1,5 milhão, incluindo metade da mansão onde cometeu o crime.