O abandono de ao menos 300 gatos, que vivem em colônia em Piatã, Salvador, virou caso de Justiça após o Ministério Público da Bahia (MP-BA) ingressar com ação civil pública para que o município resolva o problema em 15 dias.
Abandonados, os animais vivem numa praça do bairro, na região da orla, e são alimentados por voluntários e moradores.
A prefeitura já informou que não cumprirá o prazo de 15 dias porque o município não tem para onde levar os animais, mas garante a retirada deles.
A secretária de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis), Marcelle Moraes, afirmou ao G1 que foi necessário selecionar uma ONG via chamamento público, apta a receber os animais. O processo já foi iniciado.
De acordo com a ação do MP, os animais em situação de rua ficam expostos e há casos constantes de atropelamentos. Também há registros de envenenamentos e, em 2021, um incêndio atingiu a colônia, ocasião em que um animal ficou ferido e outro morreu.
Além de retirá-los, o MP solicitou um plano de ação à prefeitura. Os bichanos devem ser levados a uma unidade pública municipal habilitada, onde receberão atendimento veterinário e alimentação.
De acordo com a secretária da Secis, as pessoas que abandonam os gatos precisam ser identificadas e responder pelo crime na Justiça, o que espera ser feito com auxílio de câmeras de segurança na praça.