O Agro é Tech, é Pop... é equestre

Uma recente campanha de televisão em uma emissora nacional destacou, ao meu ver, de forma até tardia, a força do agronegócio no Brasil.

O setor é uma das principais forças motrizes da economia nacional, mas, mais do que isso, faz parte do cotidiano de pessoas do mundo inteiro.

Quando você vai ao mercado, à feira, está envolvido, de forma indireta, com o Agro. Grandes produtores, médios, pequenos, e a agricultura familiar fazem parte de um universo que há muito deixou de ser amador.

Embora inserido nesta cadeia, o cavalo começou a ser considerado como integrante do setor há poucos anos.

O cavalo é um dos seres de maior respeito no mundo, e o desbravamento de fronteiras foi feito, na maioria dos casos, em seus “lombos”.

Poucos sabem, mas o Brasil detém o 4º maior rebanho de cavalos do mundo, atrás apenas do México, China e Estados Unidos, movimentando algo em torno de R$ 35 bilhões por ano, segundo o IBequi (Instituto Brasileiro de Equideocultura).

O estado de São Paulo é riquíssimo em cultura do cavalo, abrigando os maiores rebanhos de cavalos das mais diversas raças, como Quarto de Milha, Paint Horse, Appaloosa, Mangalarga, Brasileiro de Hipismo.

Aliás, duas dessas raças, o Quarto de Milha e o Paint Horse, nasceram em Bauru, cidade do interior paulista.

Por sua vez, além das raças, neste espaço, vamos contar muitas histórias de modalidades e os seus motivos de existirem. Muitas delas apenas reproduzem a chamada “lida”, ou seja, aquilo que o cavalo faz nas fazendas.

Outro ponto que pretendemos mostrar aqui é a criação de comissões de fiscalização de bem-estar animal. Fator que evoluiu muito na equideocultura e continua evoluindo.

Uma história deliciosa sobre como os praticantes de esportes equestres amam seus cavalos é de uma criadora que fez a baia dos seus animais dentro da sede da fazenda que construiu na região de Rio Preto. Ela dizia: “quem não gosta de cachorros ou de cavalos não almoça em casa”.

Outro segmento do mundo do cavalo são as provas equestres, e estas estarão presentes aqui. Um cálculo conservador diz que cada cavalo em prova traz, consigo, pelo menos 5 pessoas para participação. Essas pessoas geram compras em shoppings, mercados locais, hotéis, postos de combustíveis, mercado imobiliário e muito mais.

Algumas cidades, como Avaré e Araçatuba, interior de São Paulo, recebem milhares de visitantes todos os anos e estão se firmando como as mais novas “capitais nacionais” do cavalo.

O mercado de propaganda e marketing investido é elevadíssimo, e aqui vai um ponto para o portal SAMPI que está na vanguarda por abrir um espaço importantíssimo para o setor.

Lucas Augusto Machado, jornalista formado pela Unesp, empresário, atuando no ramo equestre no Brasil e exterior há aproximadamente 30 anos, com ampla experiência em diversas Raças e modalidades esportivas.