Ingredientes
Tive a oportunidade de experimentar dia desses um antepasto de berinjela diferente de todos que eu já conhecia. Não era esse comum em nossa região, onde o legume entra cozido ou assado, sendo temperado com bastante azeite, vinagre, alho, orégano. Algumas receitas incluem pimentões; outras, cebolas; muitas, até passas. Pertencem em geral ao tipo que os italianos trouxeram para nosso país no período da imigração e se chama caponata.
O que degustei, com pão tipo pita, aquele bem fino e seco, levava berinjela crua, algumas tirinhas de pimentão, azeitonas, orégano, sal e muito azeite também. O modo de fazer tinha vindo da Itália, no caderno de culinária de alguma nonna, e estava longe da caponata, “porque era uma conserva”, me explicou a amiga que me ofereceu a iguaria e me ensinou os passos básicos que ousei replicar. Não ficou idêntica à que comi pela primeira vez. Mas deu bem para o gasto.
Fiz assim. Descasquei as berinjelas e passei pelo ralo grosso. Coloquei numa tigela grande, cobri com mistura de água, vinagre de vinho branco e sal, na proporção de 2/3 de vinagre, 1/3 de água, mais 1 colher (sopa) de sal. Deixei dormir de um dia para outro. No seguinte, coloquei um pano de prato sobre escorredor, despejei a berinjela para eliminar a água e fiz uma trouxinha, que fui apertando várias vezes para extrair o máximo de líquido, pois me fora dito que quanto mais a berinjela se desidratava melhor ficava a conserva. Quando percebi que ela estava bem seca, coloquei numa vasilha menor e juntei os pimentões, que havia picado em tirinhas bem finas e cozido no vapor apenas para amolecerem. Juntei também as azeitonas e o orégano, tempero que combina super bem com berinjela. Mexi e provei o sal. Coloquei tudo num vidro de conserva esterilizado, cobri com azeite, vedei bem com a tampa. O azeite cobriu completamente a berinjela e superou em um dedo a superfície. Dois dias depois estava prontinha para ser consumida. Na geladeira essa conserva se mantém perfeita por um mês.