17 de dezembro de 2025
Polícia

'Ela abraçou minha filha antes de atirar na nuca dela', diz mãe da vítima em Taubaté

Por Thais Perez | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo Pessoal
Mãe e filha moravam juntas em Taubaté

Jéssica Higino, mãe de menina de 13 anos morta nesta terça-feira (27) por um disparo de arma de fogo feito por colega de 12 anos, em Taubaté, disse que a suspeita teria dado um abraço em Ana Lívia antes de disparar contra sua nuca.

O caso aconteceu no bairro Jardim Paulista e a menina de 12 anos, que era amiga de Ana Lívia, confessou o crime. Para a polícia, a garota afirmou que a arma pertencia a um familiar.

Ana Lívia e a garota iam para escola juntas todos os dias de carona com a mãe de uma amiga da vítima. Na terça, Lívia ligou para avisar a mãe que sua amiga iria mais cedo para sua casa, como fazia de costume.

Leia mais: Polícia suspeita que menina usou arma de familiar para matar colega de 13 anos

Após algumas horas, a mãe que levaria as garotas à escola ligou para Jéssica, avisando que Ana Lívia não havia aparecido. A suspeita também não havia embarcado para a escola e disse que havia voltado para casa para buscar um tênis e foi para escola por conta própria.

Jéssica voltou para casa por volta das 13h. Lá encontrou Ana Lívia no quarto, deitada de bruços, em cima de um criado mudo. “Ela recebeu um tiro na nuca e caiu em cima do móvel”, explica a mãe. Ela diz que a atiradora teria abraçado a filha e feito o disparo. “Ela estava pronta para ir para escola, toda arrumada, de óculos e de uniforme”, conta Jéssica.

Após o crime, a menina de 12 anos foi à escola normalmente, onde foi apreendida pela polícia. Depois, ela confessou o crime durante o interrogatório e foi levada para uma unidade da Fundação Casa, em São José dos Campos.

DESENTENDIMENTO
De acordo com a mãe da vítima, ela e a atiradora eram amigas e haviam tido uma discussão por ciúmes de outra colega. “Eu conversei com a Ana Lívia e ela disse que havia pedido desculpas para ela”, explica. “Foi um desentendimento normal, principalmente na idade delas”, completou.

Segundo Jéssica, a menina frequentava a casa onde Ana Lívia morava com a mãe e o irmão de 4 meses. “Tomávamos café algumas vezes, era tudo normal. Nunca imaginava que isso pudesse acontecer”, finaliza.

A Polícia Civil de Taubaté investiga o caso para esclarecer de quem seria a arma utilizada pela menina para cometer o crime.