
A Rosas de Ouro é a grande campeã do Carnaval de São Paulo de 2025, encerrando um jejum de 15 anos sem títulos. A vitória, alcançada com 269,8 pontos, veio após uma apuração acirrada, com a agremiação empatada em pontos com a Acadêmicos do Tatuapé.
A definição aconteceu pelo critério de desempate, que considerou a soma das notas recebidas, incluindo as descartadas.
A Rosas de Ouro conquistou o oitavo título da sua história, mantendo-se entre as escolas mais vitoriosas da capital, ocupando o quinto lugar, atrás apenas de Vai-Vai (15 títulos), Mocidade Alegre (12), Nenê de Vila Matilde (11) e Camisa Verde e Branco (9).
A apuração aconteceu nesta terça-feira (4) no Sambódromo do Anhembi, e foi marcada por fortes emoções, já que a disputa seguiu acirrada até o final. A vitória da Rosas de Ouro foi aclamada somente após a leitura da última nota, com a agremiação superando a vice-campeã Acadêmicos do Tatuapé, que obteve 269,8 pontos. Somando 269,7 pontos, a Gaviões da Fiel, escola de samba oriunda da principal torcida do Corinthians, ficou na terceira posição.
Na outra ponta, foram rebaixadas ao Grupo de Acesso a Acadêmicos do Tucuruvi (269,0 pontos) e a Mancha Verde (268,9 pontos).
O desfile e o enredo: uma grande jogada
O desfile da Rosas de Ouro foi inspirado no universo dos jogos e das apostas, com o enredo "Rosas de Ouro em uma Grande Jogada". A proposta abordou como os jogos, desde os tradicionais tabuleiros até os cassinos de Las Vegas, influenciaram a história da humanidade, destacando a estratégia, a sorte e as emoções geradas pelas apostas.
Entre os destaques, estava um carro alegórico representando um cassino com luzes piscantes e efeitos visuais surpreendentes, além de alas com integrantes vestidos de Pac-Man e cartas de baralho.
A rainha de bateria, Ana Beatriz Godoi, desfilou com uma fantasia inspirada na rainha de copas, simbolizando liderança e estratégia.
A bateria da escola trouxe um ritmo que fez alusão aos sons das máquinas de caça-níqueis, e os ritmistas deram um show a mais com uma coreografia ovacionada pelas arquibancadas e camarotes lotados -mesmo a escola tendo sido a sexta a entrar na avenida no primeiro dia de desfiles, 28 de fevereiro, desfilando já como dia de sábado clareando.
Histórico e legado
Foto: Melissa Toledo/Sampi
Com a conquista deste ano, a Rosas de Ouro celebra seu o retorno ao topo após 15 anos e reafirma sua importância no Carnaval paulistano. Fundada em 1971 no bairro da Brasilândia, na zona Norte de São Paulo, a agremiação já havia vencido o Carnaval anteriormente em 1983, 1984, 1990, 1991, 1992, 1994 e 2010. Agora, com seu oitavo título, a escola segue entre as grandes potências do samba paulistano.
A reportagem da Sampi acompanhou integralmente a passagem da campeã pelo Anhembi desde a largada da escola, quando, durante o “esquenta” na concentração, o puxador bradou: “vamos com amor, bota amor que tudo dá certo” (assista abaixo). E deu.