
O juiz Fábio Correa Bonini, da 4.ª Vara Criminal de Bauru, rejeitou nesta terça-feira (21) um pedido pela prisão preventiva de Dilomar Batista, ex-funcionário da Apae que confessou ter auxiliado na destruição do cadáver de Claudia Lobo – secretária executiva da entidade morta, segundo o Ministério Público (MP), pelo ex-presidente da entidade Roberto Franceschetti Filho.
A representação pela prisão de Dilomar partiu da defesa da família Lobo, liderada pelo advogado Alisson Caridi, nomeada assistente de acusação na ação penal que acusa Franceschetti de homicídio triplamente qualificado pela morte de Claudia.
De acordo com os advogados, desde a data do homicídio, Dilomar vem tentando prejudicar as provas do crime. Uma ligação telefônica a que a Polícia Civil teve acesso registra Dilomar e Roberto combinando, de forma cifrada segundo a Polícia, a eliminação de vestígios no local onde o corpo de Claudia teria sido queimado. A defesa de Franceschetti, por sua vez, trata o caso como desaparecimento.
Na decisão, por sua vez, o magistrado afirmou que a gravação a que a defesa se refere não é novidade. “A propósito, a gravação telefônica citada pela assistente da acusação não é fato novo, inexistindo o que indique que Dilomar esteja, no momento atual, atuando de forma a interferir na produção de provas”, escreveu.
“Os elementos de convicção reunidos nos autos ainda não convencem de que a liberdade do investigado significa risco para a ordem pública ou para a aplicação da lei penal, nem há indicativos de que a medida seja conveniente para a instrução criminal”, acrescentou.