No ano passado, de janeiro a novembro, Jundiaí teve 59 mortes no trânsito, cerca de uma morte a cada cinco dias. O número tem um leve aumento em relação a 2023, embora siga uma tendência de baixa, visto que no ano retrasado, também de janeiro a novembro, foram 56 registros de óbitos no trânsito na cidade. Em todo o ano de 2023, foram 63 mortes, queda em relação a 2022, que teve 74, e 2021, que também teve 74.
Já o perfil principal das vítimas permanece o mesmo: são homens, jovens, que usam motocicleta como meio de transporte e morrem por colisão ou choque. Em segundo lugar, pedestres vítimas de atropelamento são as maiores vítimas. No ano passado, as mortes em rodovias foram as mais comuns no trânsito de Jundiaí, representando 54,2% do total no período de janeiro a novembro. Nas vias municipais, o percentual foi de 40,7% e as demais mortes não tiveram especificação do tipo de via.
Já em relação aos acidentes de modo geral, foram mais de seis por dia no ano passado em Jundiaí, considerando sinistros fatais, não fatais e notificações. No entanto, 36,5% desses acidentes resultaram em lesões leves e 35,4% não provocaram nada aos envolvidos, qur saíram ilesos. Em 23,1% dos casos, não há informações sobre o estado de saúde dos envolvidos, em 3,4% houve vítimas graves e 1,6% dos sinistros foram fatais.
E, embora a maior parte das vítimas fatais seja motociclistas, este meio de transporte não é o que mais se envolve em acidentes em Jundiaí. Em primeiro lugar estão os automóveis (33,1%), seguidos então por motocicletas (27,2%), caminhões (3,7) e outros, mas em 30,7% dos casos não há a informação do meio de transporte envolvido no acidente.
Estado
Em 2024, também considerando o período de janeiro a novembro, o Estado de São Paulo teve 5.594 mortes em acidentes, foram 16 mortes por dia no trânsito paulista. O número representa um aumento de 14% em relação ao ano anterior e é o maior desde 2015, quando começa a série histórica do Infosiga, plataforma do Detran-SP que reúne estatísticas sobre acidentes no trânsito do estado.
Assim como em Jundiaí, no estado, motociclistas são as maiores vítimas fatais do trânsito. Nos 11 primeiros meses do ano passado, somaram 2.390 mortes. Em seguida, aparecem os pedestres (1.273), ocupantes de automóveis (1.232) e ciclistas (374). A estatística mostra que São Paulo ainda está longe do que é preconizado, pois tem atualmente 14 óbitos por 100 mil habitantes, sendo que a meta para 2030 é de queda, para cinco mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes.