FIM DE ANO

Especialista alerta sobre atenção à saúde mental de idosos

Por Redação |
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Segundo a psicóloga do HSV, nessa época do ano a saúde mental das pessoas idosas requer bastante atenção
Segundo a psicóloga do HSV, nessa época do ano a saúde mental das pessoas idosas requer bastante atenção

Dezembro... um mês marcado pelas confraternizações, reuniões e celebrações das festas de Natal e Ano Novo. Para alguns, ele é considerado feliz, mas para outros, especialmente para as pessoas idosas, nem tanto. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a perspectiva delas com relação a essas comemorações pode ser diferente, pois a tristeza, a melancolia e a depressão podem se sobrepor aos sentimentos de felicidade ou visões otimistas.

Silvana Sanchez, psicóloga do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), explica que nessa época do ano a saúde mental das pessoas idosas requer mais atenção. A profissional elenca que alguns fatores como as questões culturais e sociais têm influência nas emoções, principalmente pelo contexto que as festividades trazem. “As reflexões sobre o ano que está acabando estimulam balanços pessoais como as conquistas, mas também as frustrações, as perdas e as mudanças, que geram sentimento de tristeza, ansiedade ou arrependimento”, destaca.

A profissional diz também que é comum a sensação de solidão entre aqueles que, sobretudo, vivem sozinhos ou longe dos familiares. “A falta de interação social torna-se ainda mais evidente, aumentando a percepção de isolamento”, explica a psicóloga. Junto com ela, existe a possibilidade do desencadeamento de uma sobrecarga emocional devido ao ritmo acelerado e os gastos extras.

Mas, afinal, por que a depressão pode ser frequente entre as pessoas idosas?

Além das situações descritas acima, a depressão pode aparecer em razão das perdas que ocorreram ao longo dos anos, seja de cônjuges, amigos ou familiares próximos; das mudanças familiares, como o afastamento dos filhos, netos ou entes queridos que podem despertar a sensação de abandono ou isolamento; as condições de saúde que consequentemente impacta na dinâmica de participação das festividades e a nostalgia.

“Alterações no humor, bem como no sono ou apetite (falta ou excesso); cansaço persistente, dores de cabeça, desconfortos gastrointestinais e pensamentos negativos podem ser sinais de alerta”, afirma a psicóloga.

Promovendo o bem-estar

De acordo com Silvana, a busca por ajuda profissional é essencial e, além disso, envolver a pessoa idosa nos preparativos, de forma livre, torna-se fundamental. “O incentivo na montagem do cardápio, da decoração e o ato de demonstrar gratidão pelo seu engajamento são atitudes simples que promovem um sentimento de importância”.

“Ter uma rotina saudável, envolvendo a alimentação, a prática de exercícios físicos, bem como dedicar-se às atividades prazerosas como a pintura, bordado ou leitura e manter vínculos saudáveis com familiares e amigos são estratégias para amenizar os sentimentos de solidão e de tristeza”, aconselha Silvana.

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