CORRUPÇÃO

Ex-governador do TO é preso por planejar fuga internacional

Por Julia Affonso | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Mauro Carlesse/Facebook
'A ordem judicial foi motivada por indícios de um possível plano de fuga para o exterior', declarou o MP do Tocantins. 
'A ordem judicial foi motivada por indícios de um possível plano de fuga para o exterior', declarou o MP do Tocantins. 

O ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse (Agir) foi preso neste domingo (15) sob suspeita de planejar uma fuga internacional.

Leia também: Governador do TO é alvo da PF em caso de desvio de cestas básicas

Carlesse passava o dia na Fazenda Joia Rara. A propriedade pertence ao ex-governador e fica no município de São Salvador, no sul do estado, a cerca de 400 quilômetros da capital.

3ª Vara Criminal de Palmas expediu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra Carlesse. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Tocantins, informou, sem dar detalhes, que investiga um esquema de corrupção.

"A ordem judicial foi motivada por indícios de um possível plano de fuga para o exterior", declarou o MP do Tocantins.

Ex-secretário também é alvo. A Justiça mandou prender o ex-secretário estadual de Parcerias e Investimentos Claudinei Quaresemin. Ele também foi presidente do Conselho de Parcerias e Investimentos do Tocantins.

A reportagem está tentando localizar a defesa de Carlesse e de Quaresemin. O texto será atualizado assim que houver manifestação.

Mauro Carlesse já foi presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins. Em 2018, venceu uma eleição suplementar para um mandato-tampão, uma vez que o então governador do estado havia sido cassado.

No mesmo ano, foi reeleito ao governo nas eleições gerais. Em outubro de 2021, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou seu afastamento por seis meses. O motivo foi uma suposta obstrução de investigações sobre um suposto caso de corrupção no Plansaúde (Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins).

Renúncia

Em 2022, ele deixou o cargo poucas horas antes do segundo turno da votação do processo de impeachment pela Assembleia Legislativa do estado. A suspeita era de corrupção.

Investigação da PF

Em agosto, a Polícia Federal fez uma busca e apreensão contra o ex-governador por suspeita de fraude em licitação. O inquérito apurava um esquema de lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.

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