INOVAÇÃO EM SAÚDE

Unicamp e CNPEM lançam projeto de Centro Avançado de Oncologia

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Unicamp
O novo centro, além de melhorar o acesso ao tratamento contra o câncer no Brasil, deve contribuir para reduzir os custos de internação e exames
O novo centro, além de melhorar o acesso ao tratamento contra o câncer no Brasil, deve contribuir para reduzir os custos de internação e exames

A Unicamp e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) apresentaram à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo o projeto de um Centro Avançado de Oncologia, que será o primeiro da América Latina a oferecer tratamento de próton terapia. Com um investimento inicial de R$ 300 milhões, o centro será instalado em área da Unicamp, com previsão de construção nos próximos meses.

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O novo espaço multipropósito será um marco na medicina nacional ao possibilitar tratamentos oncológicos com próton terapia e produzir radioisótopos e outros insumos essenciais para a medicina nuclear. “A tecnologia de próton terapia traz baixa toxidade ao corpo do paciente, já que a energia é concentrada exclusivamente no tumor, reduzindo drasticamente os efeitos colaterais em comparação com a radioterapia tradicional”, explica a médica nuclear Elba Cristina de Camargo Etchebehere. Países como China e Estados Unidos já utilizam essa tecnologia inovadora com resultados significativos.

Durante uma reunião na segunda-feira (4), a secretária de Saúde do Estado de São Paulo, Priscilla Perdicaris, destacou a importância do projeto. “É um investimento inovador que representa um avanço crucial para a saúde no estado. A Secretaria está à disposição para viabilizar essa parceria com a Unicamp, que pode reduzir nossa dependência de insumos importados”, afirmou.

Impacto Econômico

O novo centro, além de melhorar o acesso ao tratamento contra o câncer no Brasil, deve contribuir para reduzir os custos de internação e exames, projetando uma economia de até 12 vezes nos gastos hospitalares. O projeto também promete impulsionar o desenvolvimento da medicina nuclear no país. “Com o acelerador de partículas Sirius, integrado ao CNPEM, a produção de insumos e o tratamento com próton terapia serão viabilizados de forma nacional, uma inovação tecnológica de quase 100% nacional,” destacou Maurício Etchebehere, assessor docente da Unicamp.

Parceria e Planejamento

O projeto integra equipes da Unicamp e do CNPEM, incluindo o Hospital de Clínicas, Hemocentro e o Hospital da Mulher Caism, e deverá contar com apoio estadual e federal. A coordenadora de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde, Regiane Cardoso de Paula, enfatizou a importância de um planejamento colaborativo com a Vigilância em Saúde para viabilizar o centro de forma ampla e segura.

O centro de próton terapia colocará o Brasil em destaque como referência no tratamento oncológico em toda a América Latina, com potencial para transformar o futuro da saúde e da inovação científica no país.

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