A Prefeitura de Bauru precisou reabrir a licitação para a reabilitação de uma alça do viaduto João Simonetti, que liga a rua 13 de Maio à avenida Nuno de Assis, no Centro, após suspender o certame por um mês em razão de questionamentos ao edital.
A mudança impõe um atraso no início das obras, anteriormente esperada para o fim de 2024 ou começo de 2025. Pérola Zanotto, titular da Secretaria de Obras, espera agora que a reforma se inicie entre o final de fevereiro e o início de março — um atraso de cerca de dois meses em relação ao cronograma original.
A reabertura, porém, permitiu um barateamento de pouco menos de R$ 30 mil no projeto. O novo investimento é de R$ 7.145.922,15, destaca a secretária. A vencedora terá seis meses para terminar a obra a partir da assinatura do contrato.
Conforme o JC noticiou no dia 23 agosto, um dia depois da abertura da licitação, a reabilitação da alça o viaduto exige um "macaqueamento" (processo técnico da engenharia civil usado para elevar temporariamente estruturas) do viaduto para substituição de uma borracha que existe entre o pilar e a laje e absorve os impactos da via.
As mudanças na licitação envolvem, entre outras coisas, alterações nos equipamentos que serão utilizados para içar o viaduto.
William Conte, diretor de Projetos e Infraestrutura da pasta, explica que a modificação da documentação técnica ocorreu por conta de questionamentos e apontamentos de empresas especializadas na área.
"As empresas informaram que existem equipamentos e materiais mais apropriados para esse tipo de projeto. As mudanças podem render mais e melhorar o desempenho da estrutura. A gente vai dar uma sobrevida significativa no viaduto por conta disso", informa Conte.
Por isso, a secretaria optou por adequar elementos dos documentos da licitação. William destaca, ainda, que não houveram mudanças a nível de cálculos realizados anteriormente, nem nas especificações técnicas e na execução.
O problema do viaduto é antigo e envolveu até mesmo órgãos como o Ministério Público, a Câmara Municipal e a Secretaria de Obras. Diversos laudos sobre as condições da estrutura também foram elaborados.
Em outubro de 2019, após vistoria requerida do MP ver risco na estrutura, o tráfego ficou interrompido por quase um ano. Em setembro de 2020, a prefeitura fez liberou o local após uma obra paliativa. Isso durou até 31 de julho de 2021, quando a alça foi novamente interditada.