A cidade de Campinas vive a maior epidemia de dengue de sua história, com 120.088 casos confirmados e 77 mortes registradas até o final de outubro de 2024, de acordo com o Painel Interativo de Arboviroses da Secretaria de Saúde de Campinas. Este surto, que teve início no começo do ano, superou amplamente o recorde anterior de 2015, quando foram registrados cerca de 65 mil casos e 22 óbitos.

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O monitoramento da epidemia revela um aumento acelerado nos casos a partir de março, quando se registrou o primeiro pico semanal de 7.470 casos, alcançando 8.275 no final de abril. Apesar de uma redução em maio, os números se mantiveram elevados até junho, com oscilações entre 5 mil e 8 mil casos por semana. Desde julho, os casos têm se estabilizado, com uma média semanal de 180 a 300, mantendo o alerta na cidade.

Fatores agravantes

Especialistas indicam que a circulação dos sorotipos 2 e 3 da dengue, que não ocorriam na cidade desde 2021 e 2009, respectivamente, contribuiu para a gravidade do surto. A ausência de imunidade na população, especialmente entre crianças e adolescentes, elevou o risco de complicações, como a dengue hemorrágica.

A Secretaria de Saúde orienta a população a eliminar focos de água parada, locais onde o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, se reproduz. Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo, náuseas e manchas na pele, e em casos graves, pode haver sangramentos que exigem atendimento médico imediato.