NEGÓCIOS

Governo Lula trabalha para fusão entre Avibras e Akaer

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Avibras em Jacareí
Avibras em Jacareí

O governo federal está em negociações para promover a fusão entre a Avibras Indústria Aeroespacial e a Akaer Engenharia Espacial, uma ação que visa salvar a Avibras de um possível colapso financeiro. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira (3).

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.

A Avibras enfrenta um grave processo de recuperação judicial, acumulando dívidas que somam aproximadamente R$ 600 milhões. A situação é ainda mais crítica para os funcionários da empresa, que estão em greve há dois anos devido à falta de pagamento de salários. Com 18 meses de salários atrasados, a empresa também cortou o convênio médico e acumula pendências com o INSS e FGTS.

A estratégia do governo inclui a formação de um grupo de investidores brasileiros interessados na aquisição da Avibras, o que permitiria uma fusão com a Akaer. Se concretizada, essa fusão poderia evitar a venda da empresa para investidores estrangeiros. No entanto, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, defende que a estatização das empresas estratégicas, como a Avibras e a Akaer, é essencial para garantir a soberania nacional.

Desde que a Avibras entrou em recuperação judicial, pelo menos quatro empresas estrangeiras demonstraram interesse em adquiri-la, atraídas pelo seu potencial tecnológico. Segundo a própria Avibras, essas negociações ocorreram com a autorização do Ministério da Defesa.

A Akaer também é reconhecida pelo desenvolvimento de produtos de alta tecnologia, incluindo participação em programas de aviação militar.

O Sindicato sempre se posicionou a favor da estatização das empresas estratégicas, como a Avibras e a Embraer, e é contrário à entrega dessas empresas ao capital estrangeiro. Durante os dois anos de crise na Avibras, a entidade tem cobrado constantemente do governo ações em relação à situação crítica dos trabalhadores, que permanecem sem salários e sem previsões de pagamento.

O Sindicato classifica a atuação do governo como tardia e reafirma que continuará a pressionar por soluções. "É absurda a situação dos trabalhadores. O governo deveria ter agido há muito tempo para preservar empregos, direitos e salários. O Brasil tem grande capacidade de desenvolver e produzir materiais de defesa. A estatização das empresas nos setores bélico e aeroespacial é de extrema importância para o país. O Sindicato continuará lutando pela estatização de empresas como a Avibras e a Embraer", afirmou Valmir Mariano, presidente em exercício do Sindicato.

Comentários

Comentários