ESCÂNDALO

Will Smith, Beyoncé e mais astros especulados no caso de Diddy

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Will Smith e ao lado o casal Jay-Z e Beyoncé
Will Smith e ao lado o casal Jay-Z e Beyoncé

A prisão do rapper Sean "Diddy" Combs, ou "P. Diddy", em 16 de setembro, e a informação de que ele pode responder a 120 acusações. Entre outras coisas, ele é acusado de coagir, drogar e filmar mulheres e homens durante atos sexuais com ele e com terceiros. O astro é acusado de diversas atividades ilícitas, como tráfico sexual, agressão e associação criminosa. Trata-se do maior escândalo da música americana. 

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Conhecidas por sua grandiosidade e realizadas desde a década de 1990, as festas do rapper eram realizadas em hotéis luxuosos e ganharam o apelido de "freak offs", podendo durar dias, com sexo forçado, violência e uso de drogas.

Os nomes de personalidades do cinema, da música e dos esportes, entre outras celebridades, estão sendo ligados a Diddy, como Will Smith, Leonardo Di Caprio, Jay-Z e Beyonce, R. Kelly, Justin Bieber, entre outros.

Em março, a polícia fez uma busca na casa de Diddy, em Los Angeles, e foram apreendidos computadores com vídeo dos abusos que aconteciam nestas festas, além de mais de 1.000 garrafas de óleo de bebê, supostamente usados como lubrificante.


O legado de Diddy

Sean John Combs nasceu no Harlem, Nova York, em 4 de novembro de 1969. Criado por sua mãe após o assassinato de seu pai, Diddy iniciou sua carreira musical nos anos 1990 como estagiário na Uptown Records, onde rapidamente ascendeu a diretor executivo. Em 1994, ele fundou sua própria gravadora, Bad Boy Records, e ajudou a lançar a carreira de astros como The Notorious B.I.G., colaborando também com artistas de peso, como Jay-Z. Seu álbum de estreia, No Way Out (1997), rendeu-lhe o Grammy de Melhor Álbum de Rap.

Diddy era conhecido tanto por seu sucesso no entretenimento quanto por suas festas glamorosas e sua presença constante entre celebridades. Já nos seus relacionamentos amorosos, destacam-se seu longo e conturbado envolvimento com a modelo Kim Porter, falecida em 2018, e seu breve relacionamento com a cantora Jennifer Lopez. Ele tem sete filhos com diferentes mulheres, e, até então, sua vida familiar raramente aparecia nos holofotes da mídia de maneira negativa.

As acusações

A prisão de Diddy está sendo amplamente divulgada devido à gravidade das acusações. Segundo os documentos judiciais e relatos do promotor Damian Williams, o rapper teria mantido um esquema de abuso sexual em que manipulava e coagia mulheres e outras vítimas para atender a seus desejos. Diddy teria gravado várias das agressões, que ocorriam em festas regadas a drogas, principalmente cetamina, e as vítimas frequentemente eram forçadas a manter relações sexuais prolongadas sob ameaça de violência física.

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As acusações contra Diddy começaram a ganhar forma no final de 2023, quando Cassie Ventura, ex-namorada do rapper, entrou com um processo alegando abuso físico e psicológico. A cantora alegou que Diddy a forçava a realizar atos sexuais com outros homens enquanto ele gravava as cenas. Embora o processo tenha sido encerrado em segredo semanas depois, ele desencadeou uma série de novas denúncias, muitas das quais foram recentemente confirmadas pelo advogado Tony Buzbee.

Em 2024, a situação de Diddy se agravou ainda mais com o surgimento de um vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper agredindo Cassie em um corredor de hotel em Los Angeles, em 2016. O vídeo, que chocou o público e aumentou a pressão sobre o caso, reforçou as alegações de violência contra o cantor. Além disso, Derrick Lee Smith, um detento no Michigan, processou Diddy por abuso sexual durante uma festa há 30 anos, um processo que o rapper perdeu após não comparecer ao tribunal.

A queda de um ícone

As reações à prisão de Diddy foram rápidas e contundentes. O prefeito de Nova York, Eric Adams, pediu que Diddy devolvesse a chave simbólica da cidade, recebida em 2023. A Universidade Howard, onde Diddy estudou, revogou seu título honorário e devolveu uma doação milionária feita pelo rapper. Em um comunicado à imprensa, a universidade afirmou que "não pode ser associada a ações que atentam contra a dignidade humana".

Amigos famosos de Diddy, incluindo Jay-Z e Justin Bieber, permanecem em silêncio, enquanto outros rappers, como 50 Cent e Eminem, criticaram abertamente o comportamento de Diddy. Eminem chegou a referenciar as acusações em uma faixa de seu álbum mais recente, The Death of Slim Shady, lançado em julho de 2024.

Diddy, por sua vez, mantém sua inocência. Seu advogado, Marc Agnifilo, declarou que o rapper se mudou voluntariamente para Nova York em antecipação às acusações e que ele "luta pelo seu nome e pela verdade". Apesar disso, o tribunal negou seu pedido de fiança de 50 milhões de dólares, e Diddy permanece preso, sem data definida para julgamento.

As investigações ainda estão em andamento, e novas denúncias continuam a surgir. Se condenado, Diddy pode enfrentar uma sentença de prisão perpétua, marcando o fim de uma carreira que transformou o cenário da música mundial.

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