ELEIÇÕES

Justiça eleitoral cassa registro de candidatura de Dário

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/PMC

A Justiça Eleitoral de Campinas determinou a cassação do registro de candidatura de Dário Saadi (Republicanos) à reeleição como prefeito. A sentença foi proferida pelo juiz da 275ª Zona Eleitoral, Paulo César Batista dos Santos, que considerou que houve abuso de poder político por parte de Saadi durante a campanha eleitoral. Ele teria utilizado bens públicos e feito gravações de vídeos de campanha em locais restritos, como unidades de saúde, onde só teria acesso devido ao cargo de prefeito, desequilibrando o pleito, de acordo com o entendimento do juiz.

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No sistema do Tribunal Superior Eleitoral, o status da candidatura de Dário segue como “Concorrendo” e considerado “cassado com recurso”, pois a campanha do atual prefeito entrou recurso contra a decisão de cassar o registro e aguarda julgamento por instância superior.

A ação judicial foi movida pela coligação adversária "Mudança de Verdade" de Pedro Tourinho (PT), que acusou Saadi de explorar sua posição de prefeito para obter vantagens eleitorais, infringindo os princípios de igualdade na disputa eleitoral. O processo destacou que o uso desses bens públicos e imagens de prédios como hospitais e UPAs, em campanhas publicitárias, foi feito de maneira indevida, comprometendo a igualdade da corrida eleitoral.

Na decisão, o juiz descreve que “dentre as diversas peças eleitorais trazidas pela representante, verifico aquela gravada no dia 15/8/2024 no interior da UPA localizada no bairro Padre Anchieta, local ao qual o representado DÁRIO JORGE GIOLO SAADI teve acesso franqueado por seguranças e profissionais de saúde, em razão - exclusivamente- do cargo que ocupa. Lá ele discorre sobre a aquisição de equipamento e fala sobre a integração que pretende fazer no sistema da saúde”

Para Paulo César Batista dos Santos, “constata-se, como dito, a utilização de aparelhos públicos, pertencentes à Administração, aos quais o atual Prefeito somente teve acesso por causa e em razão do cargo que ocupa, para fins de peças publicitárias de propaganda eleitoral, com a consequente obtenção de vantagem com a exploração de equipamentos públicos, o que traduz abuso de poder político”.

O juiz Paulo César Batista dos Santos aceitou a argumentação e decretou a cassação do registro de Saadi, tornando-o inelegível por oito anos, além de exigir a remoção de todas as propagandas eleitorais que utilizam as imagens dos locais mencionados.

Posicionamento da campanha de Dário

A decisão da primeira instância da Justiça de aceitar um pedido do PT para barrar a candidatura de Dário Saadi por causa da publicação de três posts na internet, em nada interfere na campanha de Dário. A própria lei eleitoral garante a manutenção regular da campanha, ao suspender qualquer efeito da decisão, enquanto não se esgotarem todos os recursos.

A campanha de Dário Saadi recebe a decisão com indignação e lamenta que o PT apele à Justiça para tentar contrariar a vontade amplamente majoritária dos campineiros. O roteiro da oposição é o mesmo de quatro anos atrás. Em 2020, tentaram barrar Dário na Justiça porque ele havia feito um atendimento, como médico, de graça. Mas a decisão final foi clara: Dário sempre foi correto e não cometeu nenhum crime eleitoral e muito menos qualquer abuso.

Agora, a história se repete. O PT tenta tumultuar a eleição em Campinas. É mais uma desesperada tentativa de segurar o crescimento de Dário, um dia depois da pesquisa que mostrou que o povo de Campinas quer Dário reeleito no primeiro turno.

Dário está novamente sendo vítima de um abuso da disputa eleitoral. E, por isso, confia na isenção da Justiça para comprovar a legalidade das suas ações. A tentativa do PT de mudar o rumo da eleição em Campinas será barrada pelo voto dos campineiros, que irão confirmar o nome de Dário Saadi, no dia 6 de outubro.

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