CANOAGEM

É PRATA! Isaquias conquista medalha para o Brasil


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Reprodução/TV GLOBO
Vitória foi nos metros finais; momento em que recebe a medalha
Vitória foi nos metros finais; momento em que recebe a medalha

 Nesta sexta-feira (9/8), Isaquias Queiroz disputou a decisão da canoagem C1 1000m nas Olimpíadas de Paris 2024. O brasileiro terminou a prova na 2ª colocação e garantiu a medalha de prata. Com o feito, Isaquias se tornou o segundo maior medalhista olímpico da história do Brasil.

Parecia impossível para o baiano que estava em quinto lugar aos 750 metros da competição (que tem um percurso de mil metros), mas Isaquias Queiroz ficou em segundo lugar na prova final da canoagem de velocidade C1 mil metros, na manhã desta sexta (9), e garantiu mais uma medalha de prata para o Brasil. O tcheco Martin Fuska ficou em primeiro lugar e levou ouro. O moldávio Serghei Tarnovschi completou o pódio, em terceiro lugar.

O que houve com remador

Esgotado física e mentalmente, Isaquias Queiroz decidiu descansar em 2023, recolhendo-se em sua Bahia, ficando mais perto da família e competindo muito pouco. Teria sido a decisão certa, diz ele, mesmo que isso tivesse lhe custado a classificação aos Jogos Olímpicos de Paris ?e quase custou. Hoje, tem mais uma medalha para mostrar.

O brasileiro de 30 anos conquistou na tarde francesa de sexta-feira (9) a prata na prova C1 1.000 m da canoagem de velocidade. Foi o quinto pódio de seu extenso currículo olímpico, que começou a ser construído nos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, com duas pratas (C1 1.000 m e C2 1.000 m) e um bronze (C2 200 m). Em 2021, em Tóquio, ganhou um ouro (C1 1.000 m).

De volta à disputa que é sua especialidade, completou a decisão no Estádio Náutico de Vaires-sur-Marne em 3min44s33. Ficou atrás apenas do tcheco Martin Fuksa, que dominou a decisão, com 3min43s16. Completou o pódio Serghei Tranovschi, com 3min44s68.

O resultado provou a Isaquias que não havia outro a caminho no ano passado a não ser o descanso. Segundo o baiano, seu trunfo em Paris foi a temporada quase sabático que teve, com resultados abaixo de seu padrão. "Muita gente não entendeu. Muita gente pensou: ?Ah, está velho?. Mas eu não menti", disse.

Queiroz ficou apenas em sexto em sua modalidade principal, a individual de um quilômetro, e só obteve vaga na França por um remanejamento de vagas da República Tcheca. Classificado, terminou de recarregar as baterias e, enfim, retomou os treinamentos que o levariam a mais um pódio olímpico.

"Eu já estava fazia nove, dez anos, no topo, sempre brigando por medalha. É difícil. Então, eu falei: ?Agora, eu quero estar com a minha família e quero estar onde eu mais amo, que é a Bahia?. Mas neste ano decidi voltar para Lagoa Santa [cidade mineira onde treina] e trabalhar bastante", acrescentou.

Animado por um triunfo na etapa de Szeged da Copa do Mundo, realizada em maio, Isaquias foi a Paris cheio de confiança, porém não teve o início esperado. Com Jacky Godmann, ficou na oitava colocação na final em dupla de meio quilômetro (C2 500 m), na quinta (8) e chamou o resultado de "horrível".

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