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Novo projeto quer mapear todos os nascidos com síndrome de Down

Por Gabriel Alves | Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
A trissomia do cromossomo 21 (T21) é uma doença genética
A trissomia do cromossomo 21 (T21) é uma doença genética

 Um novo projeto quer mapear, ao longo de um ano, todas as crianças com síndrome de Down nascidas na cidade de São Paulo. A ideia é acompanhar o desenvolvimento desses 230 bebês (número estimado pelos pesquisadores) até os três anos de idade e obter informações sobre neurodesenvolvimento, crescimento, sono, nutrição, atividade física, entre outros aspectos. A pesquisa começou na última quinta (1º).

A síndrome de Down, também conhecida como trissomia do cromossomo 21 (T21), é uma condição genética causada pela presença de uma cópia extra, total ou parcial, do cromossomo 21. Essa alteração resulta em características físicas e de desenvolvimento únicas. É o distúrbio cromossômico mais comum e uma das principais causas de dificuldades de aprendizagem em crianças. Além disso, frequentemente está associada a problemas cardíacos e gastrointestinais.

Apesar de todos os esforços, ainda falta muito para a T21 ser integralmente compreendida, o que gera lacunas na avaliação e tratamento dos pacientes. Evidência disso era a ausência, até poucos anos atrás, de uma padronização brasileira da curva de crescimento de indivíduos com a síndrome.

Ao se analisar o crescimento de uma criança com T21 dentro da referência geral, a tendência é que ela seja sempre considerada de estatura baixa com propensão ao sobrepeso. Mas, se a síndrome por si só já provoca baixa estatura, a análise se torna enviesada e até menos útil do ponto de vista do cuidado com a criança, explica Fábio Bertapelli, educador físico e pesquisador principal do estudo, além de um dos responsáveis pelas novas curvas de crescimento para pessoas com down.

O projeto é sediado pelo Instituto Jô Clemente (IJC), organização reconhecida pela defesa dos direitos e pelo diagnóstico e tratamento de pessoas com deficiência intelectual, doenças raras e transtorno do espectro autista. O projeto é apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), cujos recursos serão também usados na contratação de bolsistas para atuar na iniciativa. Ao todo, devem ser despendidos cerca de R$ 6 milhões.,

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