Corpo de empresário morto com brigadeirão continha morfina
Laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou a presença de morfina e outras medicações no corpo do empresário Luiz Marcelo Ormond, 45, encontrado morto no apartamento em que morava sozinho, no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro.
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O corpo, encontrado no dia 20 de maio, estava em avançado estágio de decomposição. A namorada de Ormond, a psicóloga Júlia Andrade Cathermol, 29, é suspeita de envenenar o empresário e se entregou à polícia na terça (4). Sua defesa afirma que ela irá colaborar com a Justiça.
O laudo indica a presença de clonazepam (medicamento ansiolítico), cafeína e morfina no estômago de Ormond.
A motivação do crime, segundo os investigadores, seria ganância. A namorada teria dopado o empresário após saber que não conseguiria uma união estável e, assim, retirar bens do apartamento.
A Polícia Civil recuperou alguns bens da vítima, como o carro, computador e celulares, mas investiga o paradeiro de duas armas que pertenciam a ele.
"Devo me preocupar, ao longo da semana, com a localização dessas armas, que podem estar, ou não, na posse de Julia", afirmou o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP (Engenho Novo), a jornalistas na porta da delegacia na segunda (3).
Uma das possibilidades sob investigação é de que Suyany Breschak, que fazia trabalhos espirituais para Julia, tenha recebido as armas. A polícia suspeita de que Suyany e Julia tenham mantido um relacionamento amoroso. Ambas se conhecem há pelo menos 12 anos, de acordo com investigadores, que encontraram fotos delas em bares e festas.
Ainda de acordo com os investigadores, outros casos similares estão sendo investigados. Há a desconfiança de que a intenção não seria matar o empresário, mas dopá-lo enquanto os bens eram roubados.
Suyany está presa preventivamente desde a semana passada por suspeita de homicídio. Para a polícia, ela teria arquitetado o plano com Julia.
A defesa de Suyany, representada pelo advogado Etevaldo Viana Tedeschi, afirmou que ela não teve participação no crime e disse não saber sobre o paradeiro das armas.