DEMORA

“Será que vão esperar ele morrer?”, diz mãe em desespero para marcar exame ao filho

Davi Lucas, de 2 anos de idade, precisa de uma ressonância computadorizada do crânio para diagnóstico e tratamento.

Por Igor Araújo | 24/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

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Davi enfrenta uma série de desafios, incluindo epilepsia, dificuldades de movimento e uma condição conhecida como DRG (Disfunção Respiratória Grave).
Davi enfrenta uma série de desafios, incluindo epilepsia, dificuldades de movimento e uma condição conhecida como DRG (Disfunção Respiratória Grave).

Francismara Soares da Silva, moradora do bairro Santa Maria, zona Oeste de Franca, está desesperada para marcar uma ressonância computadorizada do crânio para seu filho Davi Lucas, um menino de apenas dois anos de idade. Davi enfrenta uma série de desafios, incluindo epilepsia, dificuldades de movimento e uma condição conhecida como DRG (Disfunção Respiratória Grave).

Os médicos recomendaram urgentemente que Davi passasse por este exame para ajudar no diagnóstico e tratamento de suas condições médicas. No entanto, a burocracia do sistema de saúde está dificultando o acesso de Davi ao tratamento necessário, ao menos por enquanto.

Apesar dos apelos desesperados de Francismara há mais de meses, a marcação para o exame de ressonância tem sido adiada ao passar pela Secretaria de Saúde de Franca, com prazos de espera estimados em até três meses. Uma situação que preocupa a mãe, especialmente considerando que a condição de Davi requer sedação para realizar o procedimento.

Desabafo de uma mãe desesperada pela vida do filho:
Francismara expressa a angústia de ver seu filho passar por convulsões frequentes e perder o movimento do corpo.

"Ele está perdendo o movimento do corpo. Ele está dando muita convulsão. Segunda-feira eu fiquei a tarde inteirinha com ele no pronto-socorro. E hoje eu estou aqui na NGA, no Neuro com ele e não está bem. Ele precisa urgentemente dessa ressonância para descobrir o que é que ele tem. Porque ele está perdendo muito o movimento do corpo e dando convulsão uma atrás da outra. Ele tem simplesmente dois anos, tem epilepsia e autismo. Tem DRG e alergia à proteína de leite."

A angústia de Francismara é grande, pois seu filho passou por uma consulta médica nesta quarta-feira, 24, e ela sabe que não há muito que fazer sem o resultado da ressonância. "Ele está perdendo muito movimento do corpo, das pernas, tudo por causa da DRG", desabafa Francismara.

“Com essa demora, eu fico muito indignada, porque o menino está precisando urgente dessa ressonância magnética com sedação do crânio. E a secretaria fala que demora três, quatro meses. Até lá ele não vai aguentar, porque está dando uma crise em cima da outra. Ele não aguenta, eu estou desesperada.É um descaso total com isso. Para uma criança de dois anos esperar isso tudo. Será que eles vão esperar ele morrer, ou não? Uma convulsão, ou uma parada, e não resistir? Aí já é tarde”, desabafa a mãe.

Francismara conta que em consulta com um neurologista na tarde desta quarta-feira, 24, ela conta que mais uma vez o médico solicitou a ressonância para o menino Davi. “Acabei de sair da consulta com o neuro. Ele pediu urgentemente de novo a ressonância computadorizada do crânio dele.”

A mãe luta incansavelmente para agilizar o acesso de Davi ao exame, visitando a Secretaria de Saúde de Franca repetidamente em busca de uma solução. A espera é uma agonia, pois cada dia sem o diagnóstico e tratamento adequado representa mais sofrimento para Davi e sua família.

Prefeitura
A Secretaria de Saúde informa que foi realizada cotação para que o procedimento seja feito em um hospital particular da cidade. Ressalta que o pedido de entrada foi dado em 1º de março de 2024 e que está providenciando o agendamento.

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2 COMENTÁRIOS

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  • Juarez
    24/04/2024
    Se 250 milhões fossem usados para a saúde, a situação seria outra. As pessoas acham q seu voto não altera a vida, porém teremos mais um hospital na cidade de Franca e as pessoas vão morrer até lá sem atendimento e continuarão a morrer, embora num prédio novo, mas sem dinheiro para a saúde.
  • Eduardo Reis
    24/04/2024
    Alguma forma de poder ajudar... Se todos fizesse um pouco...