Na semana marcada pelo Dia do Livro, celebrado em 23 de abril, a autora Eliane Cristina Storion tem uma boa história para contar. Ela assina a obra "A Investigação de Rike Bonito" junto com o filho Henrique, hoje com 9 anos. Foi ele quem decidiu tratar dos cuidados com o meio ambiente a partir do desconforto de um jacaré, o tal Rike Bonito, incomodado com o lixo jogado no pântano em que vivia.

Da mesma forma que leva o respeito à natureza a sério, o pequeno escritor também dá importância à brincadeira de contar histórias, iniciada no período de pandemia da Covid-19 e já corriqueira em sua própria casa. Ele e a mãe se divertem inventando personagens e enredos. Capaz de estimular a criatividade e imaginação, o passatempo foi o embrião livro infantil - que também tem uma data para chamar de sua: 18 de abril.

Seja em 23 ou 18 deste mês, a ideia é incentivar a leitura, preocupação de Eliane Cristina especificamente quando, pressionadas pelo coronavírus, muitas crianças começaram a ser alfabetizadas em casa. Foi o caso de Henrique, aos 6 anos. O garoto tinha aulas virtuais acompanhadas pela mãe, que, então, passou a ter interesse pela parte pedagógica dos livros apresentados pela professora.

"Através dos livros as crianças acessam o conhecimento. Mas para elas a informação tem que ser lúdica. De forma divertida, conseguem absorver ensinamentos", ressalta Eliane. A percepção a levou a escrever, naquele período de reclusão, o livro "Uma Descoberta Colorida", sobre uma menina apaixonada pelas cores. "Eu li essa história para o Henrique e falei que eu tinha escrito. Ele disse que também queria escrever".

A partir daí, mãe e filho começaram a brincar de contar histórias. Depois que as aulas presenciais voltaram, Henrique levou o rascunho de "A Investigação de Rike Bonito" para a escola, onde as professoras incentivaram a publicação pela editora bauruense "Canal 6", o que aconteceu em 2022.

Henrique conta, com suas palavras, sobre a mensagem que ele quis passar. "O livro é sobre um jacaré que estava sentindo desconforto, porque as pessoas não estavam fazendo bem para a natureza e jogavam lixo no seu pântano. Ele decidiu de uma forma boa, sem violência, escrever bilhetes para as pessoas pensarem sobre a natureza e não jogarem lixo no chão. Também é assim no mundo real, porque, se não, a (avenida) Nações (Unidas) inunda, fica tudo um lixão e fica ruim". Ele também conta ter escolhido o nome "Rike Bonito" porque o personagem teve atitudes bonitas durante a história. Feliz em contar essa história, Eliane ressalta que, além da mensagem positiva, os livros infantis também estimulam a criatividade, a leitura e a escrita.

O livro está disponível para compra em diversos sites, como Amazon, Submarino, Carrefour e Um Livro, por exemplo.