OPINIÃO

Equipe ARNO

Por Hilário Nunes da Silva, irmão orgulhoso do Oscar | 24/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

"Nos anos 70, quando meu irmão Oscar Rodrigues foi trabalhar no Corpo de Bombeiros de Bauru, pegou uma época em que as pesquisas para tentar localizar, dentre outras coisas, afogados, eram feitas com as famosas garatéias, que eram aparelhos de pesca que tem vários anzóis, geralmente três, na extremidade da mesma linha, mas deixavam marcas, e nesta mesma época o posto dos bombeiros de Bauru já tinha equipamentos para mergulho e não tinham mergulhadores. Foi então que, de maneira empreendedora, o Oscar foi fazer o curso de mergulho em Campinas. Logo em seguida, fez o curso de cabo salvamento e confirmou a divisa para ser cabo combatente.

Voltando para Bauru, se juntou aos companheiros de farda Normando e Akio e passou todo o seu conhecimento adquirido no curso de mergulho. Foi aí que surgiu a Equipe ARNO (Akio motorista, Rodrigues comandante e Normando auxiliar).

A única equipe de mergulhadores num raio de quase 100km trabalhava quase praticamente direto. Pegaram uma época que não tinham rendição, ou seja, não existia outra equipe semelhante, e eles só voltavam para o quartel quando encontravam o corpo. Mergulhavam em praticamente todas as lagoas e rios da área de atuação da Unidade, à procura de corpos, veículos ou quaisquer outros objetos em que houvesse sido feita a solicitação de pesquisa e resgate.

Quando não havia ocorrências de salvamento aquático, a equipe ARNO prestava serviços na viatura de prefixo Auto Salvamento 73, a qual atendia todo tipo de ocorrências atinentes, como por exemplo acidentes de trânsito com vítimas presas às ferragens, pessoas ou animais em poços, cortes de árvore, inundações, pessoas e/ou animais ilhados, ataque de insetos agressivos a pessoas ou animais, salvamento de vítimas em altura, etc, além de prestar serviços gerais no quartel (como encanador, pedreiro, calhas etc).

Em 20 de março de 1992, por volta das 16 horas, na cidade de São Paulo/Capital, quando ia efetuar a entrega de seu requerimento, manifestando interesse em se matricular no Estágio de Formação de Cabos, nosso irmão Normando foi vítima de acidente vascular cerebral hemorrágico, que lhe provocou o óbito.

2° Ten PM 44793-5 Oscar Rodrigues da Silva Filho, que honrou o nome do pai, também policial militar.

Sd PM 47857-1 Akio Koike e Sd PM 41995-8 José Normando Costa.

Nossa memória, nossos bons trabalhos, nossos irmãos de farda tem que ser sempre lembrados. Jamais Serão Esquecidos".

Texto de Eduardo Marques de Magalhães, adaptado por mim.

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