NÃO FOI CRIME

Mulher que levou morto em banco de Campinas teve caso arquivado e conseguiu pensão

O caso aconteceu em uma agência do Banco do Brasil no dia 2 de outubro de 2020 e a intenção era, ironicamente, fazer a 'prova de vida' e tentar sacar a aposentadoria dele.

Por Thiago Rovêdo | 19/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para Sampi Campinas

Reprodução

Caso aconteceu em uma agência do Banco do Brasil
Caso aconteceu em uma agência do Banco do Brasil

A mulher de 58 anos que levou um homem morto a um banco de Campinas em 2020 teve seu caso arquivado e ainda teve direito a pensão. O caso aconteceu em uma agência do Banco do Brasil no dia 2 de outubro de 2020 e a intenção era, ironicamente, fazer a prova de vida e tentar sacar a aposentadoria dele.

A situação é semelhante a que aconteceu no Rio de Janeiro na terça-feira (16). O vídeo de um homem morto dentro de um banco na capital fluminense viralizou e levantou uma série de questionamentos. Uma mulher de 42 anos, que se diz sobrinha e cuidadora do idoso de 68, tentou fazer ele assinar um empréstimo de R$ 17 mil. 

Em Campinas, ela ligou na agência alegando ao banco que tinha perdido a senha de letras da conta do suposto companheiro, um escrivão aposentado e viúvo de 92 anos. Por isso, o banco informou ser necessário ir até a agência para fazer a prova de vida como medida de segurança.

Ao chegar na agência, localizada na região central de Campinas, a mulher disse que o homem estava passando mal, e os bombeiros foram acionados para ajudá-lo. Foi quando eles constataram que o idoso não só estava morto, como o óbito teria ocorrido 12 horas antes.

"O inquérito apurou tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Foi arquivado em janeiro de 2021, por restar caracterizado crime impossível em relação ao furto. E com relação ao vilipêndio de cadáver, também foi arquivado, porque o dolo da autora no caso era tentar sacar valor utilizando o cadáver. O arquivamento foi acolhido pela 5ª Vara e se encontra no arquivo até a presente data", informou o MP (Ministério Público).

A decisão judicial que condenou a Previdência do estado e obrigou o pagamento da pensão por morte à mulher aconteceu no dia 14 de agosto de 2023. 

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