Muito se tem falado sobre terrenos onde não são feitas regularmente a capinação, gerando queixas por provocarem infestação de escorpiões e possibilidades de virarem criadouros do mosquito da Dengue.

Muito tempestiva a reclamação e realmente ocorrem essas situações, só que aí fica fácil achar o "dono do imbróglio", é sempre o proprietário, público ou privado, que é o culpado.

Mas o motivo real dessa correspondência ao JC é a quantidade de matos que estão "aflorando" das nossas guias e sarjetas. Sem medo de errar, acho em que 90% das quadras bauruenses encontramos esses "matinhos" que muitas vezes adentram as calçadas, prejudicando as pessoas no seu sagrado direito de ir e vir.

Faço um desafio aos senhores leitores da Tribuna JC: querem ver se é verdade o que escrevo? Olhem em volta da residência de vocês ou nos caminhos que percorrem? Quem é das antigas vai se lembrar dos famosos reco-recos, onde servidores públicos ou contratados passavam pela cidade com uma "ferramenta" improvisada limpando as guias e sarjetas ao som de um barulhinho característico de metal tocando os paralelepípedos das nossas ruas.

A cidade era mais bonita, pois tínhamos a impressão de ser bem cuidada pelo poder público. Mas e agora? Como falei, o mato cresce e observamos várias vezes pessoas idosas fazendo esse "trabalho" com as próprias mãos, dia desses vimos isso nas proximidades do Sesc e Jardim Panorama. Sei do velho ditado que sabiamente diz: "quem quer resolver o problema não fica buscando culpados".

Só que nessa situação nem sei exatamente quem é o culpado, se a Prefeitura ou o proprietário do imóvel?

Na ânsia de em todo ano eleitoral a Prefeitura "dar uma guaribada" nas ruas da cidade pintando faixas e cortando gramas em espaços públicos, bem que poderia também retornar com um "reco-reco" modernizado e resolver esse problema que, aos olhos de todos, deixa nossa cidade mais feia e com ares de abandonada.

A Prefeitura, historicamente e legalmente, tem a responsabilidade de manter as ruas limpas e seguras, incluindo guias e sarjetas, enquanto que proprietários devem cuidar dos seus próprios terrenos, mas se o problema persiste talvez seja a hora de uma colaboração mais eficaz entre ambos para a solução do problema.

De qualquer modo, continuo com a pergunta de "um milhão": de quem é a culpa e quando isso será resolvido?