JUSTIÇA

Caso Marielle: Momento significativo, vitória contra o crime organizado, diz Lewandowski

O ministro da Justiça e Segurança Pública disse que a prisão dos suspeitos de mandar matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes é extremamente significativa.

Por Mateus Vargas | 24/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Jamile Ferraris/Arquivo/MJSP

Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou neste domingo (24) que a prisão dos suspeitos de mandar assassinar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes é extremamente significativa.

"É extremamente significativo, é uma vitória do estado brasileiro, das nossas forças de segurança do país em relação ao combate ao crime organizado", afirmou o ministro.

"Neste momento temos bem claro os executores desse crime odioso, hediondo, por ser crime de natureza política", disse ainda.

Lewandowski concedeu entrevista a jornalistas em Brasília, horas após a operação da Polícia Federal que prendeu suspeitos de serem mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Com as prisões, a PF encerrou a apuração sobre os mandantes, intermediários e executores do crime. "Isso mostra que o crime organizado não terá sucesso no nosso país porque temos uma polícia forte, efetiva e as forças de segurança", disse o ministro.

A PF realizou neste domingo a operação Murder Inc., com a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil no Rio.

Os três são suspeitos de mandar assassinar Marielle e o motorista Anderson Gomes, além da tentativa de matar a assessora Fernanda Chaves, em março de 2018.

Eles serão levados para o presídio federal de Brasília e devem passar a noite na capital federal. Ainda será decidido se os três serão separados e encaminhados para outras unidades federais.

Além dos mandados de prisão, a polícia cumpre 12 mandados de busca e apreensão, todos no Rio.

Foram alvo de busca o delegado Giniton Lages, que esteve à frente do caso Marielle Franco no início das investigações, na delegacia de homicídios do Rio; Marcos Antônio de Barros Pinto, que foi seu auxiliar; além de Robson Calixto Fonseca.

A operação da Polícia Federal foi desencadeada cinco dias após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes homologar a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor do crime.

De acordo com informações de investigadores, a colaboração foi essencial para fechar a parte dos mandantes.

2 COMENTÁRIOS

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  • José
    24/03/2024
    Além das facções criminosas, agora temos que lidar com as milícias no nosso dia a dia.
  • Katalina
    24/03/2024
    Vitória não! O crime organizado está por todo o Brasil. Em Brasília soube de um condomínio irregular denominado RK que começou c um político que depois revendeu a terra pro Governo e depois comprou novamente. Agora, eles acumulam uma cesta de multas, inclusive ambientais e a Administracao já foi alvo de escândalo milionário em auditoria externa independente, mas entrou um pessoal pra encobertar o tal Coroné do Exército que era síndico. Hoje, me falaram que continuam se revezando no poder, e procuram endossar o que fazem, colocando muitos agentes públicos nos Conselhos, com estratégias de vaiarem os condôminos que pensam diferente do grupo da Administração e aí, um condomínio que tem 1088 lotes, sementes 100 pessoas (maioria da própria adm) é que frequentam as assembleias e o poder público não faz nada! Agora estão falando em regularização mas só de multa ambiental, acumulam multa de mais de 22 milhões! Qdo me contaram eu fiquei de boca aberta, pois aí a gente entende como os políticos lavam dinheiro e enganam as pessoas. E é um condomínio irregular de classe média alta! O que nos faz pensar disso, acontecendo na terra do poder? Pra mim, lembra o RJ!