Família de Cid Moreira refuta acusações de filho adotivo sobre estupro
O filho adotivo de Cid Moreira, Roger Naumtchyk Moreira, entrou na Justiça contra o apresentador. Ele acusa Cid de estupro e demanda uma investigação, sem pedir compensação financeira.
Fátima Moreira, mulher do apresentador, nega a acusação e diz que seus advogados vão desmascarar o que chama de calúnia. "É tão fora de propósito que o Cid não quer falar por enquanto."
Segundo a notícia crime apresentada para a 2ª Vara Criminal de Petrópolis no início deste mês, o apresentador teria estuprado Roger 1.920 vezes ao longo de dez anos, entre outubro de 1990 e novembro de 2000, na casa onde ele morava com o pai no Rio de Janeiro. As violências teriam começado quando Roger tinha 14 anos.
Roger acusa Cid de se masturbar na sauna da casa e forçá-lo a assistir. Cid também teria investido contra Roger durante a noite, no quarto onde o adolescente dormia, e nas ocasiões em que sua tia biológica, Ulhiana, se ausentava da residência. A mulher era casada com Cid.
A notícia crime sustenta que Cid teria proposto a adoção do rapaz para encobrir os abusos e, desta forma, apresentar uma justificativa para a sociedade do porquê estava sempre na companhia de Roger. A adoção, noticiada numa reportagem da revista Caras, teria sido de fachada.
Roger, natural de Porto Alegre, morou com Cid Moreira dos 14 aos 28 anos. Ele diz que foi adotado legalmente aos 25. Hoje, com 47 anos, tem no Rio de Janeiro um salão de cabeleireiro com seu marido, Sandro, que presta serviço para atores.
Por telefone, Roger diz que mantinha a história em segredo porque se sentia culpado e tinha um bloqueio para falar do assunto, mas resolveu expor a história como parte de um tratamento psicológico. "Isso só me fez mal. Vejo que isso não é culpa minha nem um pouco. Eu fui induzido. Eu tinha nojo daquilo ali."
A defesa de Cid diz que esta é mais uma tentativa de Roger de abalar a reputação do apresentador. O filho adotivo já processou o jornalista outras vezes. Um dos processos, que corre em segredo de Justiça, é por abandono afetivo. Outro, feito junto com o filho biológico de Cid, Rodrigo Simões Moreira, pediu a interdição do pai, alegando que ele estava perdendo a consciência. A dupla perdeu a ação.
Fátima, a mulher de Cid, diz se sentir angustiada por estar lidando com os processos "a vida toda". "Esta não é a primeira vez que Roger acusa Cid de maneira absurda e difamatória", afirma.