CHEGADA

Padilha diz que recepção a Bolsonaro 'flopou' na volta ao Brasil

'Mais uma vez, ele se demonstrou um líder de pé de barro, quando fugiu do país. Agora, fez uma semana inteira de mobilização e [mesmo assim] flopou a recepção no aeroporto', disse.

Por João Gabriel e Danielle Brant | 30/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Reprodução/Alexandre Padilha/Facebook

Apoiadores oscilavam entre cantar o hino nacional e gritos de 'mito', 'ei, Bolsonaro, cadê você, eu vim aqui só para te ver'.
Apoiadores oscilavam entre cantar o hino nacional e gritos de 'mito', 'ei, Bolsonaro, cadê você, eu vim aqui só para te ver'.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, aproveitou uma entrevista sobre o novo arcabouço fiscal para ressaltar a pequena adesão de pessoas na recepção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em seu retorno ao Brasil.

"Mais uma vez ele [Bolsonaro] se demonstrou um líder de pé de barro, quando fugiu do país. Agora, fez uma semana inteira de mobilização e [mesmo assim] flopou a recepção no aeroporto", disse o petista.

Padilha afirmou que, no antigo governo, havia uma "máquina de gerar conflitos" na Presidência da República, mas que a presença de líderes da oposição nas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a disposição deles dialogar sobre as novas regras econômicas mostram que essa postura não existirá mais.

"Quem quiser criar um ambiente de conflito que existia no país no governo anterior, vai se dar mal, não vai ter sucesso, vai flopar, como flopou a recepção no aeroporto hoje do ex-presidente, que voltou ao país depois de ter fugido do país. Flopou", afirmou.

Na reunião com senadores nesta quinta-feira (30) sobre o novo arcabouço fiscal, estiveram presentes, além de Padilha e Haddad, importantes senadores da oposição, como Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente de Bolsonaro, e Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil.

Dezenas de apoiadores de Bolsonaro se reuniam para recepcioná-lo no saguão do aeroporto de Brasília na manhã desta quinta-feira (30). Eles, porém, não sabiam que o ex-presidente sairia pelo hangar da Polícia Federal, a quilômetros dali.

Apoiadores oscilavam entre cantar o hino nacional e gritos de "mito", "ei, Bolsonaro, cadê você, eu vim aqui só para te ver". Por vezes, xingavam o presidente Lula e a Globo.

Ainda que Bolsonaro tenha saído discretamente do terminal, sua chegada mudou a rotina do aeroporto. Foi feito um bloqueio pela Polícia Militar na avenida principal que leva ao local, mas os carros não eram parados.

O policiamento no próprio aeroporto também foi ostensivo, com ônibus e agentes em diferentes locais desde cedo.

Autoridades eram esperadas apenas no PL. No aeroporto, só estava o ex-secretário de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, que ora conversava com policiais ora com imprensa.

Depois, chegou o filho 03 do ex-presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), causando tumulto no saguão. Os apoiadores o tietavam e perguntavam pelo pai. Eles só começaram a desmobilizar por volta das 8h, quando o deputado federal deixou o local.

Apoiadores também esperaram o ex-presidente em frente ao complexo hoteleiro onde está localizada a sede do PL, na região central de Brasília. Os bolsonaristas vibravam e se aglomeravam para tirar selfies com ex-ministros e aliados de Bolsonaro. O ex-presidente chegou ao local por volta de 8h, mas frustrou os apoiadores ao entrar pela garagem.

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