O Governo de São Paulo oficializou na quinta-feira (11) as Rotas da Cachaça de São Paulo, um conjunto de oito rotas distribuídas em 65 municípios. Na região de Jundiaí, há quatro alambiques, em Itatiba, Itupeva, Jarinu e Jundiaí, que integram a Rota de Cachaça Frutas e Bandeirantes.
O projeto apresenta a diversidade de produtores e vivências relacionadas à bebida símbolo do Brasil e integra mais uma ação intersecretarial sob a coordenação da Casa Civil, com as contribuições das Secretarias de Turismo e Viagens; de Agricultura e Abastecimento; de Cultura e Economias Criativas; de Desenvolvimento Econômico e da Invest SP.
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A cachaça é um dos destilados mais emblemáticos do país, com quase 500 anos de história. São Paulo destaca-se como um dos principais polos de produção, pesquisa e consumo, liderando as exportações brasileiras, com 6,6 milhões de litros, equivalentes a 46% do total nacional. Além disso, São Paulo é responsável por 30,7% dos empregos ativos na fabricação de aguardente de cana-de-açúcar em 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, e representa 52,5% dos códigos de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) por fabricação de aguardente de cana-de-açúcar (dados de 2023- RFB) registrados no país.
Classificado em oito rotas – Serras Paulistas, Mogiana, Noroeste, Cuesta, Itaqueri e Tietê, Centro Paulista, Frutas e Bandeirantes, Circuito das Águas e Alta Paulista – o projeto reúne 65 produtores da bebida alcoólica mais antiga do Brasil. De alambiques centenários a destilarias contemporâneas premiadas internacionalmente.
O projeto inclui, ainda, sete Destinos de Experiências e oito Destinos de Negócios. As Rotas da Cachaça de São Paulo integram outras iniciativas do governo estadual como as Rotas do Vinho de São Paulo, Rotas do Café de São Paulo e as Rotas do Queijo de São Paulo, todas reúnem experiências que combinam e valorizam o turismo rural, a natureza, a história, proporcionam degustações e formação técnica.
Entre os destaques estão produtores tradicionais, como o Engenho São Luiz (1906), Mandaguahy (1858), Fazenda Benedetti (1929) JP (1925) e Zanoni, além de destilarias referências como Sapucaia (1933), Santa Capela, Villaggio De Simoni, Brisa da Serra e a Companhia Müller de Bebidas, fabricante de uma das marcas brasileiras mais conhecidas no mundo.
As rotas incluem ainda polos de pesquisa e inovação, como o Grupo de Estudos da Cadeia da Cachaça da Diretoria de Pesquisa dos Agronegócios (Gecca/Apta), responsável pela metodologia do Concurso Estadual de Qualidade da Cachaça Paulista, e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), que mantém uma carta exclusiva com 86 rótulos e promove ações de formação, todos vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Para o turista, o circuito apresenta experiências de visitas e degustações guiadas, trilhas ecológicas, almoços harmonizados e hospedagens rurais. No segmento de formação, o projeto prevê a realização de workshops e cursos com a temática voltada para o turismo histórico e vivências imersivas com famílias produtoras. Em regiões como o Vale do Ribeira e o Circuito das Águas, o roteiro se integra à natureza, com propriedades que unem sustentabilidade, conservação ambiental e gastronomia.
“São Paulo está valorizando sua cadeia produtiva desde o lançamento das Rotas do Vinho. Seguimos e anunciamos as Rotas do Café, Rotas do Queijo e agora as Rotas da Cachaça, que coroam este trabalho de valorização do nosso turismo rural”, diz o secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.
Atualmente, existem 1.266 estabelecimentos elaboradores de cachaça registrados no Brasil, de acordo com o Anuário da Cachaça 2025, do Ministério da Agricultura e Pecuária. O estado de São Paulo experimentou crescimento de 5,9% nos registros de estabelecimentos elaboradores de cachaça registrado em 2024 de acordo com o anuário.
Confira a lista completa: