“Jamais poderemos avaliar a profundidade de seus nascimentos entre nós.”
Todos os seguidores das pegadas de Jesus celebram e desejam, radiantes de felicidades, neste dia, o sagrado Feliz Natal.
Desde de seu nascimento até os dias de hoje seus ensinamentos continuam vivos. O Mestre fez das palavras uma força avassaladora, que contagiou a todos que o cercavam e se propagou por todos os cantos da humanidade.
A palavra se não acompanhada de exemplo de nada serve.
Ao dar confiança aos incrédulos, crença nos descrentes, tolerância e compreensão aos fracos de espírito, o divino Mestre sempre se serviu de exemplo.
Provou no silêncio de suas preces que seu reinado era apenas o império dos simples, dos humildes. E que seu mundo não é aqui, mas sim o reino dos céus.
Pregou exaustivamente o amor entre os seres humanos.
Mas que amor é este? Como compreendê-lo aos olhos de Deus?
Tenho para comigo uma doce lição dos meus tempos estudantis, contada por um experiente professor de língua portuguesa, que muito me ajudou a iluminar o íntimo de seus ensinamentos.
Diz o pequeno conto, que quatro pessoas, três delas cristãs e um ateu, subiram aos céus.
No reino de Deus foram recepcionadas por um dos apóstolos de Cristo. Este apóstolo com algumas fichas na mão chamou, um por um, e começou a relatar o que estava registrado de cada um, em suas vidas terrenas.
Ao primeiro cristão, católico fervoroso, constava que assistia às missas religiosas, não perdia nenhuma procissão, rezava para seu bem e de toda a sua família, contribuía com a Igreja, acreditava em Deus.
O apóstolo mandou-o que aguardasse ao lado.
Ao, segundo evangélico fiel, registrava cantos e louvores a Deus, reuniões e assembleias em nome de Cristo, rezas e preces, pedidos de ajuda e bênçãos. Tinha a santa Bíblia como guia de Deus.
O apóstolo mandou-o que aguardasse ao lado..
Ao terceiro, espirita convicto, estava anotado que acreditava na reencarnação, tinha o evangelho como livro de cabeceira, tomava passes espirituais, rezava preces ao Senhor, cuidava de sua família, frequentava sessões espirituais.
O apóstolo mandou-o que aguardasse ao lado.
Enquanto isso, no aguardo de ser chamado, o ateu, homem descrente de Deus, se angustiava e se arrependia, amargamente, por não ter acreditado no além da vida terrena.
Por fim, chamou o ateu. O temeroso descrente foi logo se desculpando pela sua vida sem Cristo e pedia a clemência dos céus.
Foi quando o apóstolo surpreso, retrucou: __ mas em sua ficha está anotado que foi uma pessoa desprendida de bens materiais, ajudava ao próximo, sem nada pedir de recompensa. Repartia com os pobres o pão que sobrava em sua mesa. Agasalhava com as próprias vestes aos desprotegidos. Sempre foi uma pessoa simples e generosa, e que jamais se arrependeu da vida que viveu.
Meu irmão, ateu, entre pela porta da frente no reino dos Céus, porque a ti ele pertence.
Que as bênçãos celestiais possam, mais e mais, nos inspirar, ensinar e dedicar às coisas de Deus. Vamos acreditar num mundo sempre melhor. Fique com Jesus. Feliz Natal.
Guaraci Alvarenga é advogado