13 de dezembro de 2025
OPINIÃO

A caminho da fé


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Desde que a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada, por três pescadores, nas águas do rio Paraíba do Sul, a manifestação da presença de Deus, se fez presente em todos nós, na devoção à “Mãe Negra”. Os milagres aconteciam e se sucedem. Certa ocasião, dizem os historiadores, que um cavaleiro, incrédulo, passando por Aparecida e vendo a fé dos romeiros, zombou e tentou entrar na Igreja a cavalo para destruir o local e alcançar a sua imagem. Porém, o que esse cavaleiro não esperava era que as patas do animal ficassem presas em uma pedra. A partir daí, o homem passou a acreditar.

A pedra em que o cavalo ficou preso pode ser vista na Sala dos Milagres no Santuário Nacional de Aparecida.Desde então, romeiros de todo o Brasil buscam as bênçãos da Santa. Os peregrinos e cavaleiros fizeram a nossa região tornar-se um caminho de fé. Em Itupeva, a famosa cocheira do Antônio“Turcão” Marchi, é parada obrigatória para descanso dos animais. No dizer do tradicional cavaleiro Tuto Fabricio, o seu amigo Turcão é um dos mais fervorosos romeiros que conhece, e sua cocheira é porta aberta a todos que professam a santa romaria para revelar sua eterna gratidão divina.

Em Jundiaí, lá na bucólica Roseira, a parada obrigatória se estende pelas terras de Mingo Fonte Basso. Ex-vereador da cidade, com trabalho honesto, o caro Mingo nunca esqueceu suas origens. Sempre acolhedor, o local é abrigo de prestígio entre os romeiros. Famílias tradicionais da cidade se confundem à Romaria, e contam a sua história no chão batido da estrada, passada de geração a geração.

De avôs a netos e bisnetos. Na verdade, são as peregrinações que consagram o lugar santo. O santuário de Aparecida acolhe a força desta fé. Desde que sua santa imagem foi encontrada, uma devoção e fervor religioso levam uma multidão de pessoas a visitarem as relíquias de Aparecida. Foi assim que compreendi a paixão dos estimados amigos, Pascoal Suenson , Orlando Gazzola, o homem mais doce e de Eduardo Seixas, talvez o nosso maior cavaleiro, e o nosso querido Tioca Dangiere. 
Pascoal, em sua vivenda campestre, há um pequeno santuário dedicado à Santa que  se destaca, por entre frondosas palmeiras,  forte símbolo de submissão a sua vontade divina. Orlando Gazola, de caminhoneiro transportador de bois, pelos sertões deste país, a empresário de sucesso em sua cidade, não deixa de um dia sequer, pelas manhãs e ao entardecer de agradecer sua benção. Diz Gazola que não basta orar, tem de agir com fé e bondade.

Atilio D’Angieri Neto, médico veterinário, o nosso amigo Tioca e filhos, são fervorosos devotos. Tioca sustenta forte razão e crença. Agradece e deve a sua vida na sua fé em Nossa Senhora.  Percorremos na vida muitos caminhos na certeza da companhia de Nossa Senhora. Como cantou Zé Ramalho: Entretanto, há de se enfrentar qualquer desafio, para se sentir o bálsamo e o prazer da luz desta estrada santa,que leva ao coração, a nossa maior fé. Buscamos, ajoelhados, a bênção de nossa santa Mãe Negra.

Guaraci Alvarenga é advogado (guaraci.alvarenga@yahoo.com.br)