O cenário político brasileiro ganhou mais um capítulo de instabilidade nesta sexta-feira (26), com a confirmação da saída do ministro do Turismo, Celso Sabino, do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Filiado ao União Brasil, Sabino, que estava há mais de dois anos no cargo, se viu pressionado pelo partido, que determinou que todos os seus membros ocupantes de cargos no governo federal se exonerassem. Com isso, o Governo atingiu a marca de 13 trocas em Ministérios desde o início do mandato, em 2023.
Para a vereadora Mariana Janeiro (PT), as trocas nos ministérios são um movimento natural em qualquer governo que queira se manter vivo, atento e em sintonia com a realidade do país. “Um governo que se recusa a mudar transmite rigidez e acomodação; já um governo que promove ajustes demonstra coragem e disposição para melhorar. Não se trata de sinal de fraqueza ou qualquer coisa do gênero, mas de maturidade política: identificar onde estão os desafios e colocar as pessoas certas para enfrentá-los”, diz. Ela lembra que um mandato de quatro anos é como um filme em movimento e as prioridades mudam, assim como novos problemas aparecem. “Nessas horas, trocar ministros é um gesto de responsabilidade e não de instabilidade. Mais prejudicial seria manter, por conveniência ou orgulho, quadros que já não entregam o que o país precisa”, ressalta.
Outro partido que deixou o governo foi o Progressistas (PP) – movimento natural após a superfederação anunciada com o União Brasil. Filiado do PP no primeiro escalão do Governo é o Ministro dos Esportes, André Fufuca. Por ora, porém, ele segue no cargo.
Desde o início do mandato, Lula trocou os ministros das pastas de: Direitos Humanos, Comunicação Social, Turismo, Esportes, Portos e Aeroportos, Justiça e Segurança Pública, Saúde, Relações Instituições, Comunicações, Previdência Social, Mulheres e Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Já o vereador Rodrigo Albino (PL) afirma não estar surpreso por todos esses movimentos. “O Centrão sempre foi assim. Vão para onde a maré aponta. Nesse caso, estão entendendo que a popularidade do Governo Lula cai a cada semana e as taxas de reprovação aumentam. Assim, eles saem das pastas, fazem novas negociações para beneficiá-los e não firmam compromisso para o ano de 2026”, explica.
Para ele, o movimento é prejudicial para as pessoas. “Isso é muito ruim, pois quando há troca de ministros, tem também há troca de metodologia, visão de trabalho, e faz o Governo perder a diretriz, atrasando projetos e prejudicando a população.