14 de dezembro de 2025
MORTE BRUTAL

Corpo de professora é achado com queimaduras e sangue

Por | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Redes sociais/Itatiaia
Soraya Tatiana Bonfim, de 56 anos, havia sido vista na última sexta-feira.

Uma professora foi encontrada morta na manhã deste domingo (20), em Vespasiano (MG), na regiao metropolitana de BH, após ficar dois dias desaparecida.

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Soraya Tatiana Bonfim, de 56 anos, havia sido vista na última sexta-feira. Ela morava no bairro Santa Amélia, em Belo Horizonte, e seu paradeiro foi informado à polícia pelo filho, de 32 anos. A escola onde ela trabalhava, o colégio Santa Marcelina, também pediu por informações dela no sábado, pelas redes sociais.

O corpo de Soraya foi encontrado coberto por um lençol. A Polícia Militar foi acionada por volta das 11h na avenida Adélia Issa, em Vespasiano, e se deparou com a vítima sem nenhum documento de identificação. Após uma pesquisa no sistema, surgiu a suspeita de que pudesse se tratar da professora, e o corpo foi reconhecido pelo filho na sequência.

Vítima tinha sinais de violência sexual. Segundo a PM, ela estava seminua, vestida apenas com a parte de cima, apresentava marcas semelhantes a queimaduras na região interna das coxas e manchas de sangue nas partes íntimas.

Autor e motivação do crime ainda não foram identificados. A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e aguarda também a conclusão de perícias para atestar as circunstâncias e causa da morte.

Escola onde Soraya dava aulas de História publicou nota de pesar. ''Toda a comunidade educativa da Rede Santa Marcelina se une em oração e solidariedade à sua família, colegas e estudantes neste momento de dor. Sua memória permanecerá viva entre nós'', escreveu a instituição.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.