A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou duas mortes por febre maculosa em 2025. Os casos marcam os primeiros óbitos registrados neste ano. Segundo a Pasta, uma das vítimas foi infectada dentro do município, e a outra, fora da cidade. Com isso, a Prefeitura reforçou os alertas e ações de prevenção diante do período de maior risco de transmissão, que vai de junho até novembro.
As vítimas foram um homem de 63 anos, morador da região do CS Aeroporto, e uma mulher de 47 anos, da área do CS Jardim Guanabara. A infecção do primeiro ocorreu em outro município paulista, enquanto a segunda foi em Sousas, em uma área rural próxima ao Rio Atibaia, onde a vigilância ambiental já instalou placas de alerta e realizou ações educativas com moradores e imobiliárias da região.
A febre maculosa é grave e pode ser fatal se não tratada logo nos primeiros dias. É causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida pela picada do carrapato-estrela, especialmente em ambientes com vegetação e presença de capivaras, cavalos e animais silvestres. Os sintomas iniciais incluem febre, dor de cabeça e dores no corpo, e podem ser confundidos com dengue ou gripe. Se houve exposição a áreas verdes, é fundamental procurar atendimento médico imediato.
Campinas registrou oito casos da doença em 2024, com um óbito. Em 2025, são dois casos com duas mortes. Desde o início do ano passado, a Secretaria de Saúde já realizou 266 ações educativas, incluindo palestras, visitas e capacitações. Só em 2025, foram 66 ações de prevenção.
No combate ao avanço da doença, a Prefeitura também vem realizando o manejo reprodutivo de capivaras desde 2024. A medida já esterilizou cerca de 200 animais na Lagoa do Taquaral e, mais recentemente, no Lago do Café. O projeto será expandido para outros parques da cidade.
No site campinas.sp.gov.br/sites/febremaculosa/inicio, a população encontra informações detalhadas, boletins epidemiológicos e materiais de prevenção, além de conteúdos voltados para profissionais da saúde e segurança do trabalho.
Por lei, eventos em áreas de risco devem informar sobre o perigo de contato com o carrapato-estrela. A recomendação é evitar áreas com mato, usar roupas claras e fechadas, fazer inspeção no corpo após visitas a ambientes de risco e nunca ignorar sintomas após passeios em locais com vegetação.