25 de dezembro de 2025
PELO DIA DA VITÓRIA

Putin anuncia cessar-fogo de 72 horas na Ucrânia

Por | da Redação
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Reprodução/Kremlin
A medida, segundo o Kremlin, foi tomada por 'motivos humanitários' em razão das celebrações dos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta segunda-feira (28) cessar-fogo temporário na guerra da Ucrânia, que terá início à meia noite do dia 8 de maio (horário de Moscou) e se estenderá até a meia noite de 11 de maio. A medida, segundo o Kremlin, foi tomada por "motivos humanitários" em razão das celebrações dos 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, conhecida no país como a Grande Guerra Patriótica.

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Em comunicado oficial, o Kremlin destacou que "qualquer operação militar será suspensa" durante o período e afirmou que espera que a Ucrânia siga o exemplo. No entanto, advertiu que, em caso de violações por parte ucraniana, as Forças Armadas da Rússia darão uma "resposta proporcional e eficaz".

O anúncio chega num momento delicado para as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos. A Casa Branca informou que o presidente Donald Trump, que tenta intermediar um acordo, deseja cessar-fogo permanente para pôr fim ao conflito e está "cada vez mais frustrado" com os líderes de ambos os países.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, criticou o anúncio russo, dizendo que, se Moscou deseja realmente a paz, deveria cessar o fogo imediatamente e propor uma trégua de "pelo menos 30 dias", e não apenas durante as festividades.

Esta não é a primeira vez que a Rússia anuncia trégua. No último mês, durante a Páscoa ortodoxa, o Kremlin propôs um cessar-fogo de 30 horas, que resultou em apenas uma breve diminuição dos combates, com ambas as partes se acusando de centenas de violações.

Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, mais de 20 tentativas de trégua foram feitas — todas fracassaram, muitas delas em questão de minutos. Estima-se que centenas de milhares de pessoas, majoritariamente soldados, tenham sido mortos ou feridos desde o começo da invasão russa, que atualmente ocupa cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.

No novo comunicado, o Kremlin reforçou sua disposição para "iniciar negociações de paz sem pré-condições", com o objetivo de "eliminar as causas profundas da crise ucraniana" e "estabelecer uma interação construtiva com parceiros internacionais".

*Com informações do Kremlin e da BBC