27 de dezembro de 2024
RETROSPECTIVA

Ampliação marca últimos anos da Cultura de Jundiaí

Por Redação | Prefeitura de Jundiaí
| Tempo de leitura: 8 min
Divulgação / Prefeitura de Jundiaí
A reinauguração do Centro das Artes aconteceu no ano passado e hoje é mais um espaço usado pela Cultura de Jundiaí

Ao longo dos últimos oito anos, a Cultura de Jundiaí passou por grandes transformações. A que mais se destaca é a ampliação das atividades, a valorização da política pública cultural como uma prioridade e sua a inserção em todo o território.

Uma importante frente da área está na estrutura, que, ao longo dos anos, requalificou e ampliou os espaços físicos dedicados à cultura com o Plano Diretor do Espaço Expressa, aprovado em 2020, que garantiu à Cultura a principal ocupação dos milhares de metros quadrados das antigas Oficinas da Cia Paulista das Estradas de Ferro, desejo de muitos anos da classe artística da cidade, com oferta gratuita de salas de ensaio, espaço para apresentações e ações culturais nos galpões; a Sala Santos Jundiaí, a nova Sala de Cinema e a primeira etapa do Parque Urbano, com o Bosque dos Artistas.

A revitalização e modernização do Centro das Artes Prefeito Pedro Fávaro e sua nova concepção, totalmente voltada para a cultura, com a criação de novos espaços como a Sala Josete Feres, a Galeria de Exposições Olga de Brito, o Saguão e o espaço de coworking e a criação do primeiro espaço cultural dedicado às infâncias na cidade, a Fábrica das Infâncias Japy.

Procura

A importância de abertura e ocupação desses espaços pode ser observada na alta frequência de público e na grande procura dos artistas locais para uso de um espaço tão almejado por todos.

A Fábrica das Infâncias Japy desde sua abertura até outubro de 2024 já recebeu mais de 96 mil visitantes, e o Espaço Expressa de 2022 até outubro de 2024 recebeu mais de 50 ações culturais em sua área externa, com mais de 30 mil visitantes, mais de 800 ações culturais na área interna, com mais de 36 mil pessoas, além de mais de 2,4 mil pedidos de uso de suas salas para ensaios e reuniões de caráter cultural.

“Cultura muda a sociedade. Ao longo de nossa gestão investimos para garantir às pessoas acesso, aproximando as atividades e apresentações aos bairros, ampliando a ação além dos palcos de espaços consagrados. Jundiaí, que é a Cidade das Crianças, une Cultura à Educação, ao Lazer e ao desenvolvimento da sociedade”, comenta o prefeito Luiz Fernando Machado.

A retomada e a nova roupagem de alguns festivais, entre eles o Enredança, que não tinha edições desde 2007, impulsionou o crescimento anual das ações culturais da cidade e da região e fez com que o movimento da dança ficasse mais fortalecido em Jundiaí. Tamanho sucesso das novas edições garantiu que a bailarina Ana Botafogo, apadrinhasse o festival e marcasse presença em todas as últimas edições. Em 2024, a 26ª edição alcançou números impressionantes, com a participação de mais de 1,1 mil bailarinos, inscritos em 550 coreografias. São mais de 100 grupos diferentes participantes, de 21 municípios distintos.

“Nesses últimos 8 anos, mostramos que não há limites para a arte. Hoje, o Enredança é o maior festival de dança público e totalmente gratuito do país. Nós temos um lema na Cultura: poder oferecer aos artistas e ao público as melhores experiências possíveis”, reforçou o gestor de Cultura de Jundiaí, Marcelo Peroni.

Além do Enredança, desde 2017 a Unidade de Gestão de Cultura criou e lançou 5 edições da Festa Literária de Jundiaí – Flij, 4 edições do Festival de Curtas Metragens, 8 edições do novo Festival de Teatro de Jundiaí, com a iniciativa de criar também uma mostra amadora que busca incentivar o nascimento e a manutenção de grupos amadores. Foram na última edição mais de 200 trabalhos inscritos e 40 espetáculos se apresentando – 14 apresentados pela Cena Profissional e 26 pela Cena Amadora. O Festival de Música de Jundiaí inovou no formato e já se consolidou como um dos importantes festivais brasileiros. A grande variedade de categorias e a qualidade do júri técnico liderado nas três edições por João Marcelo Bôscoli demonstram a seriedade e a qualidade artística da ação.

De acordo com levantamento da Unidade de Gestão de Cultura (UGC), desde 2019 foram realizadas ações culturais com a participação de mais de 2,8 milhões de pessoas. Somente às visitas a exposições da Pinacoteca, saltaram de 1,6 mil visitantes/ano em 2016 para uma média de 12 mil visitantes ano entre 2022 e 2024, um aumento de quase 700%. Somente a exposição do Holocausto, no Museu Histórico e Cultural, recebeu 180 mil visitantes, dentre eles, 1.014 professores da rede pública e 7.019 alunos.

“A Cultura de Jundiaí está fortalecida, com espaços próprios, renovados, de qualidade e com grandes projetos em andamento, que colocaram o nome da cidade em destaque, inclusive internacional. Os artistas estão reconhecidos e contam com o Cadastro dos Artistas, lançado em 2018, que os credencia para participar de atividades públicas. Inclusive na pandemia, o cadastro foi essencial para manter os trabalhos, que passaram a ser remotos”, relembra o gestor de Cultura.

Priorizando a valorização do artista local, além do cadastro e das dezenas de editais públicos lançados nos últimos anos, a Cultura tornou-se peça fundamental na realização da Festa da Uva da cidade, que além de contratar mais de 900 artistas de Jundiaí e Região na última edição da Festa de 2024, trouxe um novo conceito estético e de conteúdo à festa, colocando artistas profissionais encenando a história da uva e dos agricultores, cenários que remetem à Jundiaí da década de 30, a parada da Uva, atrações culturais para crianças e ainda o espaço do samba, de modo a valorizar as agremiações de carnaval da cidade e o movimento do samba.

Corpos artísticos

Desde 2018, os corpos artísticos municipais cresceram em número, de três, Cia de Teatro de Jundiaí, Coral Municipal de Jundiaí e Orquestra Municipal de Jundiaí, para cinco, acrescentando-se a Cia Jovem de Dança e o Coral Infantojuvenil Cidade das Crianças, que passaram a receber mais investimentos, aumentando em 60% os recursos aplicados nos grupos que resultaram em 800 apresentações para 190 mil pessoas.

A Orquestra Municipal passou à categoria de Orquestra Sinfônica. A Cia Jovem de Dança destacou-se no cenário nacional tendo recebido 8 indicações ao Prêmio APCA e recebido dois, deste que é um dos mais respeitados prêmios da crítica cultural. Além de uma indicação ao Prêmio Governador do Estado, da Secretaria do Estado da Cultura, Economia e Indústria Criativa. Ao longo dos anos, os corpos artísticos se apresentaram em importantes eventos e espaços culturais em todo o país e a Cia Jovem de Dança esteve em duas ocasiões com bailarinos na Dinamarca, em intercâmbio cultural.

A reestruturação da Pracinha da Cultura, antigo CEU das Artes, trouxe vida ao espaço, com os usuários ocupando diariamente este equipamento que passou a ser prioritariamente voltado à cultura desde 2022, e que alcançou o número de 2 mil alunos em oficinas culturais ao mês, com atividades para todas as faixas etárias.

Valorizando a população negra e reconhecendo sua importância na cultura e na história, foram desenvolvidas ações fundamentais para a as políticas de enfrentamento ao racismo e à intolerância étnica, como a retomada do Concurso Miss Pérola Negra em 2023, a Rota Afro, Circuito da Memória da População Negra em Jundiaí, iniciativa de educação patrimonial com a participação de artistas e que culminou ainda na criação da Rota Turística Afro de Jundiaí e ainda editais culturais com pontuação diferenciada para projetos que apresentem o recorte racial, além de ações específicas do mês da Consciência Negra.

Ainda dentro das ações de educação patrimonial, foram criadas as caminhadas guiadas que atenderam alunos e população interessada em conhecer espaços históricos importantes da cidade. Ainda dentro dos projetos de valorização do patrimônio, em parceria com a UGE, o Guardiões do Patrimônio, programa que atendeu regularmente nos últimos anos, alunos da rede municipal de ensino, que além de conhecer as instalações históricas Espaço Expressa ainda receberam Passaportes Culturais. O Programa foi indicado à 33ª edição do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), representando o Estado de São Paulo.

O arquivo histórico municipal lançou em dezembro de 2023 o Acervo Digital, plataforma on-line que permite a consulta, pesquisa e download de mais de 60 mil documentos históricos importantes para conhecer e estudar a história de nossa cidade e região desde o período colonial, livros de diligências policiais, traslados de cartas de data, óbitos de pessoas escravizadas e atas do tribunal do júri estão disponibilizados e, desde 2017, passaram por processo de higienização, catalogação e digitalização.

Ainda no Espaço Expressa, foi totalmente reformulado o Museu dos Ferroviários, que contou com catalogação de acervo e que culminou na transferência de posse do acervo de locomotivas, móveis e bens ferroviários ao município. Estes bens pertenciam ao DNIT e o processo para transferência ao município estava em trâmite desde a aquisição do prédio pela prefeitura, em 2001. Como medida protetiva e visando garantir a preservação dos bens ferroviários e a documentação digitalizada, em 2024 foi solicitado ao Compac o tombamento do acervo do Museu dos Ferroviários bem como da documentação do acervo do arquivo histórico.

O mais novo espaço de Cultura e de convivência de Jundiaí, localizado no bairro dos Fernandes, abriu as portas no mês de outubro, com oficinas nas modalidades Ballet, Jazz e Muay Thai. Além desse espaço, de forma a garantir a descentralização das atividades culturais, foram iniciadas as oficinas culturais no Centro Comunitário da Vila Esperança.

Desde 2018, de modo a garantir maior acesso da população aos equipamentos de cultura, foram reformulados os horários de funcionamento de todos os espaços culturais, mantendo-os abertos todos os finais de semana e feriados, além da abertura em horário noturno do Espaço Expressa, possibilitando a artistas e população o acesso às salas de ensaio e espaços para reuniões culturais. Essa mudança de horários foi além de uma programação cultural permanente uma das ações que ampliaram significativamente o número de usuários da cultura na cidade de 2017 a 2024.