Uma mulher de 26 anos, moradora em Mogi Guaçu, perdeu quase R$ 9 mil para estelionatários, ao tentar comprar um carro anunciado na internet. Os criminosos informaram durante a negociação, que eram de Jundiaí, utilizando inclusive um comprovante de endereço para ludibriar a vítima.
Esther Eugenia Barba, a vítima, está grávida de gêmeos, passa por dificuldades financeiras e queria o carro justamente para se estruturar, à espera dos bebês. Na última terça-feira (3), ela e o marido encontraram um anúncio no Facebook, da venda de um Corsa, por R$ 13 mil, e se interessaram.
Eles entram em contato e foram atendidos por uma pessoa que se apresentou com o nome 'Marcelo', afirmando ser ele o dono do Corsa, e pedindo inicialmente R$ 7.695,00, alegando que esse valor seria para pagamento de taxas, transferência, cartório e seguro - o valor deveria ser pago por meio de depósitos em dinheiro para duas contas, o que foi cumprido pelas vítimas.
Posteriormente o casal recebeu um novo contato, de uma pessoa se apresentando como Rogério, exigindo mais R$ 998,00, alegando que seria para um ajuste no documento do carro (para que o veículo voltasse para o nome do antigo dono), para então darem sequência à negociação - eles chegaram a enviar fotos do carro e de documentos de transferência, falsificados.
As vítimas efetuaram o pagamento do novo valor, com a promessa de que receberiam o veículo em casa.
Porém, ao não receberem o carro, Esther e o marido desconfiaram que possivelmente haviam caído em um golpe e fizeram contato com um dos supostos vendedores, para recuperar o valor. Este, por sua vez, enviou áudios para a vítima com a intenção de ofendê-la. "'Prostitutazinha', muito obrigado. Aumentou um pouco o valor que a gente roubou de você, ficando em R$ 8 mil e uns 'quebrados'. Até a próxima vez e beijo na 'bunda'". E a ironiza prosseguiu em outro áudio. "Vou te mandar sim o comprovante de pagamento, sua vadia, prostituta, obrigado pelo dinheiro que enviou para nós ".
Esther lamentou o golpe sofrido. "Era todo o dinheiro que a gente tinha. Eu estou sem trabalhar no momento e meu marido trabalha na roça. Tão triste quanto perder tudo o que a gente tinha, é ser chamada de prostituta, por um bandido. Somos trabalhadores e eu não merecia ouvir isso. Espero que seja investigado e que sejam presos", comentou ela, ao Jornal de Jundiaí.
O caso será investigado pela Polícia Civil.