Novas imagens de câmeras de segurança mostram o estudante de medicina Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, dando um tapa no retrovisor de uma viatura da Polícia Militar enquanto caminhava pela Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. Após o gesto, ocorrido na madrugada de quarta-feira (20), o jovem tentou fugir, mas foi perseguido pelos policiais.
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Um dos agentes desceu do veículo com a arma em punho, enquanto o outro seguiu Marco na viatura. Minutos antes, o estudante havia saído de um hotel próximo, onde teve uma discussão com uma mulher.
As câmeras também registraram os policiais entrando no hotel em busca de Marco. Nas imagens, ele aparece resistindo à abordagem, empurrando os agentes, até que um dos policiais dispara contra o estudante. Marco foi socorrido, mas não resistiu ao tiro no peito e morreu no hospital.
Segundo o portal G1, a mulher que esteve com o estudante no hotel contou em depoimento que conhecia Marco há dois anos e mantinha um relacionamento próximo com ele. Segundo ela, o encontro foi para cobrar uma dívida de R$ 20 mil. Após receber apenas R$ 250, os dois discutiram, e Marco a teria agredido. Ela deixou o quarto antes dele e se escondeu em outro cômodo.
De acordo com a versão dos policiais registrada no boletim de ocorrência, Marco teria tentado pegar a arma de um dos agentes, o que motivou o disparo. No entanto, as imagens obtidas até o momento não confirmam essa versão. O policial que atirou foi indiciado por homicídio e afastado de suas funções. O caso segue sob investigação pela Corregedoria da PM e pelo DHPP.
Ainda segundo o portal, Marco era estudante do quinto ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi. Filho caçula de médicos peruanos naturalizados brasileiros, será enterrado nesta sexta-feira (22).
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