A inteligência emocional desempenha um papel fundamental no processo de criação em diversas áreas, pois envolve tanto o entendimento quanto a gestão das emoções durante as etapas criativas. Seja na criação de arte, projetos empresariais, desenvolvimento de novas ideias ou até na criação de relacionamentos e rotinas de trabalho, a inteligência emocional ajuda a transformar desafios internos e externos em força criativa.
Em qualquer processo de criação, a inteligência emocional atua como um fator transformador, pois nos ajuda a interpretar e a canalizar nossas emoções de forma a enriquecer o processo criativo. Desde a criação artística até o desenvolvimento de novos produtos, passando pela construção de relacionamentos e pela solução de problemas, a capacidade de reconhecer, entender e gerenciar nossas emoções traz equilíbrio e profundidade para as nossas criações.
Usando a inteligência emocional, somos capazes de transformar experiências desafiadoras em inspiração, encontrar propósito nas adversidades e criar soluções e relações que transcendem o simples fazer e alcançam um significado mais profundo. Em última análise, a inteligência emocional nos ajuda a criar a partir de quem realmente somos, refletindo nossas aspirações, valores e emoções em tudo o que fazemos.
Na criação artística e literária, os sentimentos são a matéria-prima de grande parte do trabalho. Escritores, pintores, músicos e outros artistas muitas vezes expressam suas emoções por meio de suas obras, transformando experiências pessoais em histórias ou em imagens que se conectam com o público. A inteligência emocional permite que o artista lide com emoções intensas, como a tristeza, a alegria, a paixão ou a raiva, de maneira produtiva e criativa, sem ser dominado por elas. O exercício da IE nas experiências cotidianas pode trazer maior clareza e assertividade nas escolhas, assim como segurança e leveza.
O autor, Mihaly Csikszentmihalyi, trouxe para o processo criativo o estado de fluxo, que ocorre quando uma pessoa está completamente imersa em uma atividade. Esse estado de envolvimento profundo permite que o criador transcenda distrações e bloqueios, levando a um desempenho otimizado. O modelo é amplamente usado para explorar como a inteligência emocional, ao ajudar as pessoas a se desligarem de inseguranças e medos, contribui para a fluidez criativa.
Daniel Goleman explora como o foco – um componente da inteligência emocional –, e a atenção desempenham papel crucial no processo criativo. Ele sugere que uma mente focada e treinada para gerenciar emoções é mais resiliente e criativa, pois consegue afastar distrações internas e externas, maximizando o uso do potencial criativo.
Quem vive com sentido e propósito, busca formas de se conectar com sua e essência mais profunda e procura desenvolver uma força interna que permita lidar com os desafios da vida de forma autêntica e resiliente. Desabrochar dessa "força da natureza interior" envolve a combinação de autoconhecimento, inteligência emocional e espiritualidade prática, conceitos defendidos por influenciadores espirituais como Dr. Joe Dispenza. Essa jornada interior pode ser facilitada por práticas de cocriação e pela orientação de uma mentoria espiritual voltada para o desenvolvimento da autoconfiança emocional e do poder pessoal.
Rosângela Portela é jornalista, mentora e facilitadora
(rosangela.portela@consultoriadiniz.com.br)