O mercado de Tecnologia da Informação é promissor. Isso não é novidade. A novidade, porém, é que o Estado de São Paulo, por exemplo, abriu mais de 17 mil empresas de serviços de tecnologia da informação de janeiro a setembro de 2024, segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp). Isso representa um aumento de 30% neste ramo de atividade em comparação ao mesmo período de 2023. O problema agora é a mão de obra qualificada.
Só para você ter uma ideia, o governo de SP está disponibilizando 1500 vagas para curso gratuito, on-line, em parceria com uma bigtech, para capacitar jovens em Computação em Nuvem. Esse é um nicho bastante importante quando falamos em TIC. Segundo dados da consultoria Gartner, estima-se que até 2025, 85% das empresas estejam utilizando esse tipo de serviço. A tecnologia traz benefícios e facilidades às organizações, pois permite que se mantenha serviços como armazenamento de dados e ferramentas de desenvolvimento sem a necessidade de servidores físicos, podendo ser acessados de qualquer lugar.
Mas a Computação em Nuvem é apenas uma das necessidades. Temos que formar e absorver talentos em Cibersegurança, Inteligência Artificial, entre tantos outros. Universidades de SP também já sentiram a demanda e estão se movendo: estabelecendo parcerias com grandes empresas de tecnologia, como Microsoft, Google e AWS, para oferecer currículos atualizados e relevantes. Além disso, iniciativas como hackathons, bootcamps e programas de estágio conectam os estudantes diretamente com o mercado, o que é um grande atrativo para os vestibulandos que desejam oportunidades práticas desde o início do curso.
E nós, aqui em Jundiaí, também fazemos nossa parte. Estabelecemos uma parceria muito importante com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP). Nosso objetivo é organizar a oferta de itinerários de formação técnica profissional na rede estadual de ensino e, aqui em nossa cidade, está consolidado na Escola Estadual Barão de Jundiaí, no bairro da Colônia. O curso oferecido pela unidade escolar é o de Desenvolvimento de Sistema, ministrado na unidade junto com o 2º e 3º anos do Ensino Médio. Hoje, segundo estudo da Serasa Experian, dos jovens que consideram a possibilidade de trabalhar com tecnologia, 58% querem atuar na área de Desenvolvimento de Sistemas.
A Cijun, portanto, resolveu abrir as portas da companhia para visitação, oferecendo conversas inspiradoras com os profissionais da sua organização e, futuramente, oportunidades de estágio.
É uma das nossas contribuições sociais e nosso dever: oferecer sempre algo para a sociedade. Temos que ser inclusivos, ajudar no desenvolvimento e bem-estar desses jovens. E tudo isso eu chamo de ‘inclusão produtiva’. O nosso desafio agora está em acelerar os esforços para remover as barreiras sistêmicas que bloqueiam a oportunidade de cada jovem.
E estamos neste caminho!
Amauri Marquezi de Luca é Executivo de Tecnologia da Informação e Comunicação, diretor-presidente da Companhia de Informática de Jundiaí e presidente do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação de Jundiaí