O candidato a prefeito de Jundiaí pelo PL, José Antonio Parimoschi, gravou ontem (24), nos estúdios do JJ, podcast que irá ao ar nesta sexta-feira, falando sobre suas principais propostas de governo. O candidato Gustavo Martinelli (União) também foi convidado a gravar, mas não confirmou a agenda, alegando excesso de compromissos.
O principal mote da entrevista, realizada pela editora-chefe do Grupo JJ, Ariadne Gattolini, girou em torno da educação e a inclusão de pessoas com deficiência, notadamente TEA (Transtorno do Espectro Autista). Com um plano audacioso, o ex-gestor de governo e finanças afirmou que pretende dar início à municipalização da educação até o 9º ano (hoje, a rede municipal segue até o 5º ano). “Sabemos que é um processo longo, mas será muito importante iniciarmos esta municipalização, levando a qualidade do ciclo de educação jundiaiense até o final do fundamental”, afirma Parimoschi.
A educação também é outro ponto fundamental no plano de governo do candidato quando se fala em inclusão, notadamente para as crianças com autismo. “Antes, em 2014, tínhamos 150 crianças com laudo de TEA. Hoje, esse número passa de 1,2 mil”, afirma.
Para dar conta desta inclusão, inclusive de maior rapidez no diagnóstico, o candidato propõe a criação de um centro de atendimento especializado. “Precisamos melhorar o diagnóstico e oferecer atendimento a essas crianças o mais rapidamente possível, já que a intervenção precoce ajuda no desenvolvimento.”
Ao ser questionado sobre a sensibilização das ruas, Parimoschi afirmou que percebe um apelo maior das mães. “As crianças com deficiência são abandonadas pelos pais e às mães restam o cuidado e ainda por cima ser provedoras das casas. É algo muito marcante.”
Com porta-vozes de sua candidatura, que une nomes como o prefeito Luiz Fernando Machado, os ex-prefeitos André Benassi e Miguel Haddad, o candidato afirmou que é preponderante a parceria com o governo estadual (na quarta-feira, o governador Tarcísio de Freitas veio a Jundiaí e reiterou seu apoio a Parimoschi).
“É importante estar em campanha com estes nomes - e é mais importante ainda ter o governo do Estado ao nosso lado, apoiando nossas obras e garantindo investimentos.”
Com uma campanha, notadamente no segundo turno, de ataques e disseminações de fake news, o candidato afirma que não aceita que ataquem pessoalmente sua família. “Eu não fiz isso com meu adversário e não aceito que façam isso com a minha (sua esposa foi vítima nas redes sociais). Vamos investigar caso a caso e criminalizar os responsáveis”, afirmou.
No final da gravação, o candidato se colocou à disposição dos jundiaienses e afirmou que a continuidade de projetos e gestão eficiente devem permanecer, se for eleito neste domingo. “A gente precisa dos votos de todos, inclusive daqueles que não foram votar no primeiro turno. Agora, é outro momento e precisamos contar com o apoio de todos.”