21 de novembro de 2024
OPINIÃO

No tabuleiro de Jundiaí


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Em um tabuleiro de xadrez temos diversas peças diferentes, o peão, a rainha, o rei, as torres, os cavalos e os bispos. Algumas das peças têm papel mais essencial que outras, depende tudo da sua estratégia. O cavalo sempre anda em L, então se você não for atento a certos movimentos, pode dar de cara com ele em algum momento sem querer, o peão está por todo o tabuleiro, não é uma peça muito elegante, mas faz o seu trabalho, que é: ser a frente de batalha para conquistar o outro lado do tabuleiro e dar espaço para peças mais rebuscadas. Dentre essas peças, temos também o bispo, uma peça que diferente do resto do tabuleiro, anda sempre na diagonal, ou seja, não pode seguir o mesmo fluxo que qualquer uma das peças, ele não pode andar em L como o cavalo; ele não pode andar para frente como o peão; e tampouco andar para onde quiser, como a rainha, ele é limitado pelas regras a andar somente na diagonal, em contrariedade a toda a tendência do tabuleiro. Ele deve ser silencioso, passar desapercebido, deve andar sempre à margem do tabuleiro, longe dos holofotes, para que em um momento ou outro ele seja guia das peças, protegendo os peões, as torres, os cavalos, a Rainha, o Rei... Com muita sobriedade e sempre atento a tudo que pode estar ocorrendo, o bispo deve estar nos locais certos, onde as outras peças esperam que ele esteja, deve estar na sua posição, pronto para defender os demais, e claro, sempre andando dentro do que a regra lhe permite, ademais, é importante lembrar que o bispo não pode assumir o papel de um peão qualquer e sair correndo pelo tabuleiro, muito menos iniciar o jogo no lugar de qualquer outra peça, ele deve estar sempre próximo das torres, mas ao lado da Rainha e do Rei. Por fim, o bispo deve ser a peça mais cautelosa de todo o tabuleiro, do contrário, ele será tomado pelo outro jogador rapidamente, e a Rainha e o Rei que nele tanto confiaram, serão obrigados a escolher entre os peões que chegaram ao outro lado, um novo bispo. Enfim, desculpe ser tão prolixo, mas prometo que da próxima vez falamos sobre Xadrez.

GABRIEL VIEIRA é estudante de direito