21 de novembro de 2024
'CRIA' DO BOLÃO

Jundiaiense reencontra amor pela natação e comanda time dos EUA

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 4 min
ARQUIVO PESSOAL
Paula praticou natação por mais de 20 anos e hoje atua como auxiliar técnica nos Estados Unidos

Ex-atleta profissional de natação, a jundiaiense Paula da Costa Chenquer, de 26 anos, reencontrou o amor pela modalidade e se tornou auxiliar técnica da equipe universitária Valparaiso University, em Indiana, nos Estados Unidos. Com uma carreira consolidada dentro da água, a ex-nadadora decidiu seguir com a rotina corrida dos treinos e competições e se aventurar em uma nova função, agora à beira das piscinas.

Paula praticou natação por mais de 20 anos, e parte desse período de forma profissional. As primeiras “pernadas” da jundiaiense na piscina começaram nas aulas do Bolão, quando ela tinha apenas quatro anos. “Comecei a fazer as aulas oferecidas pela prefeitura a partir dos quatro anos. Depois de um tempo nadei pelo Clube Jundiaiense e retornei ao Bolão mais tarde. Em 2013 fui convidada a integrar a equipe de natação do Corinthians, em São Paulo, onde fiquei até 2015, depois fui para o Unisanta, de Santos. Em 2017 consegui uma bolsa de estudos em uma faculdade na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, por conta da natação, e competi por equipes universitárias”, disse a ex-atleta profissional.

Como atleta, Paula disputou muitos campeonatos ao longo da carreira e conquistou títulos importantes. “Comecei a competir em campeonatos brasileiros em 2011, com 13 anos. Também disputei muitos Paulistas, Jogos Regionais e Jogos Abertos”, contou.

Nos Estados Unidos, a jundiaiense competiu em conferências defendendo sua universidade e campeonatos nacionais de águas abertas.

Paula ressaltou que, desde a primeira aula até a última competição disputada, toda sua evolução aconteceu naturalmente e ela percebeu que o esporte poderia ser mais que um hobby quando competiu em seu primeiro torneio nacional. “Quando eu era criança eu gostava muito da natação por causa dos meus amigos. Tentei jogar basquete por um tempo, pois meus pais jogavam, mas no fim escolhi a piscina. O momento que percebi o quanto eu gostava de praticar foi na minha estreia no campeonato brasileiro. Eu ainda era uma atleta vinculada e não federada então na teoria nem poderia participar de um campeonato brasileiro, porém em um torneio regional na piscina do Bolão eu conquistei o índice e fiquei apta a disputar o nacional e fui. Chegando lá pensava que nem perto da final eu chegaria, mas terminei entre as oito melhores do país. Quando voltei desse campeonato eu sabia que eu queria aquilo para vida”, relembrou a jundiaiense.

À BEIRA DA PISCINA

Paula segue praticando natação, mas agora apenas pensando apenas em saúde e não mais nas competições e nos pódios. Porém, a jundiaiense não largou a profissão e segue na rotina pesada, agora em outra função.

O novo desafio da ex-atleta, agora à beira da piscina, surgiu como um “reencontro” com a paixão pela modalidade que sempre fez parte da sua vida. “ Eu parei de nadar profissionalmente logo quando acabou minha elegibilidade aqui nos EUA e eu já estava para me formar, com 23 anos. Eu desanimei quando saí do Corinthians, porque não estava apresentando resultados que eles exigiam e não tive meu contrato renovado. Fiquei mais um ano no Brasil, mas não estava muito motivada. Aqui nos EUA eu reencontrei meu amor pela natação que eu havia perdido quando aquilo tinha se transformado em um trabalho para mim e eu esquecia de aproveitar. Aqui nas faculdades é muito legal ver o espírito de equipe dos atletas, eles valorizam muito as conquistas e eu tenho certeza que isso me ajudou a amar a natação de novo” 

A técnica detalhou sua rotina pesada nos Estados Unidos, onde precisa unir a função de técnica e estudante de mestrado. “Hoje estou fazendo meu mestrado em administração do esporte em Valparaiso University no estado de Indiana e também sou assistente técnica da equipe de natação. A rotina não muda muito da época de atleta, na verdade agora passo mais tempo na borda da piscina. Os treinos acontecem três vezes na semana pela manhã e todos os dias tem treino à tarde. Ainda tenho que conciliar rotina com os estudos”, disse.

Hoje nos Estados Unidos, a ex-atleta fez questão de relembrar sua época de aluna do Bolão, onde tudo começou. “Sinto muitas saudades dessa época. O treinador Ari é uma pessoa que sempre admirei muito e foi meu grande mentor para a vida. Minhas melhores lembranças sempre foram as competições, os treinos com meus amigos, os jogos regionais. Minhas primeiras medalhas foram as mais importantes da minha carreira, porque sempre quis ser campeã pela minha cidade e posso dizer que consegui isso”.