27 de setembro de 2024
HISTÓRIAS DA TORCIDA

Maradona em Jundiaí? Irmão do craque quase vestiu o manto do Galo

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 3 min
REPRODUÇÃO/ INTERNET
Raúl 'Lalo' Maradona (à esquerda da foto) ao lado de Diego Maradona durante um amistoso

A camisa do Paulista chegou perto de ter o nome Maradona estampado nas costas. Raúl, mais conhecido como “Lalo”, irmão do craque argentino, se reuniu com o presidente da época, Pascoal Grassioto, em 1995, conheceu as dependências do clube e bateu um papo com a torcida, mas não chegaram a um acordo para a assinatura de um contrato.

No início de 1995, quando o Paulista havia mudado o nome para Lousano Paulista, em fusão com a empresa de condutores elétricos, e Grassioto assumiu a presidência do clube, reforços de peso foram contratados com o objetivo de reerguer o time que estava na 3ª Divisão do Campeonato Paulista. Entre os nomes estavam Edu Lima (a principal contratação da época), Toninho Cerezo e o goleiro Marolla. 

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Durante a apresentação de Edu Lima para a torcida, na sala de imprensa do Jayme Cintra, o meio-campista Lalo Maradona esteve presente e conversou com parte da torcida que estava acompanhando a coletiva. A história foi detalhada pelo torcedor Mateus Ferreira, que acompanhou tudo de perto e conseguiu um autógrafo do argentino, que guarda até hoje. “Como eu era ativo da Gamor e a relação entre a organizada e o presidente era de muita amizade, sempre tive bastante contato com a diretoria da época. Eu estava na sala de imprensa durante a apresentação do Edu, ao lado do Bigode, presidente da Gamor, quando o Lalo chegou. Ele tinha sido convidado pelo Grassioto para conhecer as dependências do clube e a torcida, e também, quem sabe, assinar um contrato, o que acabou não acontecendo”, explicou o torcedor.

Na visão de Mateus, a contratação de Lalo na época seria uma ótima estratégia de marketing, mas não foi viabilizada por “detalhes”, segundo ele. “Quando o presidente e o Lalo chegaram na sala de imprensa, bati um papo com o jogador e ele foi uma pessoa extremamente atenciosa. O Grassioto o convidou para conhecer a estrutura do clube, já com a intenção de apresentar uma proposta, mas não houve acordo. Acredito que não deu certo por questões financeiras, já que o clube tinha acertado com outros nomes de peso e que com certeza não eram baratos”, contou.

DEU O QUE FALAR

Apesar de não ter registros em jornais da época e nem na internet, a presença do irmão de Diego Maradona no Jayme Cintra deu muito o que falar entre os torcedores e ficou na memória de Mateus, que chegou até a ser confundido com o jogador. “Durante a apresentação do Edu, a garotada da torcida ficou sabendo da presença do Lalo e "invadiu" a sala de imprensa. Um dos jovens perguntou para a Joana Aleixo, torcedora símbolo do Galo, onde estava o argentino e ela, sem pensar, apontou para mim e falou ‘o irmão do Maradona é aquele ali’. Como resultado dessa brincadeira, acabei dando mais de 50 autógrafos e fiz a alegria dos torcedores”, relembrou.

Apesar do sobrenome de peso, Lalo Maradona sequer chegou perto do sucesso do irmão. O argentino começou a carreira no Boca Juniors e teve passagens pelo Granada, da Espanha, além de atuar no futebol venezuelano, norte-americano e canadense. O meio-campista encerrou a carreira no Deportivo Municipal, do Peru, em 1998.

Autógrafo de Lalo Maradona ao torcedor Mateus Ferreira em 1995