15 de agosto de 2024
CRIME ORGANIZADO

O que se sabe sobre o ‘Black do PCC’, preso em Piracicaba

Por Roberto Gardinalli |
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Polícia Federal prendeu ‘Black do PCC’, parceiro de André do Rap, em Piracicaba

Uma operação da Polícia Federal prendeu, em Piracicaba Ednilson Rodrigues Caires, conhecido como “Black do PCC”.

Segundo as investigações, o suspeito é citado como um dos chefões do PCC (Primeiro Comando da Capital) e estava na lista dos traficantes internacionais de drogas mais procurados da América. A operação aconteceu na última terça-feira (13).

Caires vivia sob anonimato em Piracicaba, sem levantar suspeitas sobre as atividades criminosas. Segundo as investigações, ele é acusado de comandar um esquema de tráfico internacional de cocaína, com ramificações na Europa e na África.

Além disso, ele é apontado como um dos principais colaboradores de André do Rap, um dos maiores traficantes do país, que está foragido há três anos depois de ser solto por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A ordem foi revogada pelo então ministro Luiz Fux. Ainda de acordo com a Polícia Federal, juntos, Black e André do Rap coordenavam o envio de grandes quantidades de drogas para países da Europa e da África a partir do Porto de Santos.

A prisão de Caíres foi autorizada pela Justiça Federal em Minas Gerais, que expediu um mandado de prisão preventiva. Ele é suspeito de integrar a chamada Rota Caipira do tráfico, que utiliza aviões e pistas clandestinas no interior de São Paulo para transportar cocaína vinda da Bolívia e do Peru até o Brasil.

A droga era, em sua maioria, destinada a portos e aeroportos internacionais, de onde seguia para outros continentes. Segundo a investigação, a proximidade de Black com produtores de cocaína, além da ligação com o PCC, o tornaram um dos maiores fornecedores de drogas do país.

As investigações estimam que o esquema de Caires tenha movimentado cerca de R$ 5 bilhões em operações de tráfico internacional. Segundo a apuração, parte desse dinheiro foi lavado em empresas de fachada e investimentos em criptomoedas, estratégia que passou a ser utilizada para esconder os lucros obtidos com o tráfico de drogas e o crime organizado.

Esta é a segunda prisão de um narcotraficante internacional em menos de um mês. Em julho, a Polícia Federal prendeu Ronald Roland, que também teria ligação com o PCC . Segundo as investigações, ele seria responsável por enviar drogas a países da América dop Sul e América Central com o auxílio de cartéis mexicanos. Ele foi preso no Guarujá após a mulher dele compartilhar a localização do casal em uma rede social.

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