27 de setembro de 2024
EM LAS VEGAS

Atleta da região vai em busca do ouro no mundial de jiu-jitsu

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 2 min
DIVULGAÇÃO
Essa será a segunda participação da atleta no Campeonato Mundial de Las Vegas

A atleta de jiu-jitsu Gessica Rinaldi, de 34 anos, nascida em Jundiaí e moradora de Itupeva, conquistou a classificação para disputar o Campeonato Mundial, em Las Vegas, dia 29 de agosto. A lutadora carimbou a vaga para o maior torneio da modalidade após ser campeã do Campeonato Internacional Master e garantir o índice necessário no ranking da federação.

Gessica é faixa roxa de jiu-jitsu e compete na categoria Master, nas lutas de peso pesado. Na última competição, que aconteceu no fim do mês passado, no Rio de Janeiro, a lutadora venceu duas lutas e garantiu a medalha de ouro. “Na minha categoria tinha quatro competidoras. Fiz duas lutas e venci ambas por pontos. Conquistei a primeira colocação, sendo bicampeã no maior campeonato de Master da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu. Esse título é bastante expressivo tanto pela grandiosidade do campeonato, quanto pela pontuação que conta para o ranking mundial, que foi de extrema importância para minha participação em Las Vegas no fim deste mês. Além disso, tenho muito orgulho de ter sido a única representante na minha categoria do estado de São Paulo e da nossa região, representando milhares de crianças, mulheres e amantes do esporte”, comemorou a lutadora. 

RUMO A LAS VEGAS

Essa será a segunda participação da atleta no Campeonato Mundial de Las Vegas. Em 2022, Gessica estreou na competição e foi vice-campeã. “Na minha primeira participação, ainda na faixa azul, fui vice-campeã mundial. Agora pretendo trazer essa medalha de ouro para o Brasil. A preparação é intensa, contínua e cercada por uma equipe multiprofissional de excelência e grandes empresas privadas da nossa região que são meu alicerce em toda minha jornada esportiva”, explicou a atleta.

Além de toda preparação de atleta, Gessica também atua como professora em Jundiaí e Itupeva. Com apoio dos patrocinadores Semorin, Hopi Hari, Cerpoll e Uninter, ela mantém vivo o sonho de representar as duas cidades em lugares cada vez mais altos. “Uma das maiores dificuldades das competições é me organizar com horários e dias de treino antes de competir. Infelizmente, a Prefeitura de Jundiaí não me libera para participar de nenhum dos campeonatos, descontando o salário e as faltas, não  reconhecendo meu esporte e minha representatividade internacional. Isso prejudica minha preparação, porque acabo chegando em cima da hora para lutar, às vezes no mesmo dia da competição, dificultando não só a parte física, mas também a psicológica necessária para as lutas”

Em contrapartida, a Prefeitura de Jundiaí afirmou que as razões apresentadas pela servidora não se enquadram nas condições de afastamentos previstas aos servidores pelo Estatuto Funcional (Lei Complementar nº 499/2010), que rege a relação de trabalho entre os servidores públicos de Jundiaí e o município. A Unidade de Gestão de Educação (UGE) informou ainda que o parecer negativo para a solicitação da servidora nesta ocasião também foi acompanhado pelo Poder Judiciário em ocasião anterior.

Gessica também é professora da rede municipal de Itupeva e revela que, no município, consegue a liberação do poder público para disputar os campeonatos.