25 de julho de 2024
TRISTEZA

‘Foi bem recebido na minha casa para depois matar minha filha’

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução/TV Record
Danielle foi morta pelo ex; mãe sofre perda da filha

Dias após a prisão do assassino da filha, Dalva Regina de Moraes Cesário quebrou o silêncio e falou sobre a moça e a morte que comoveu toda a região. A entrevista foi concedida à TV Record. Danielle Regina de Moraes Souza, 31 anos, teve o corpo completamente queimado juntamente com um homem de 36 anos, que teve queimaduras em 80% do corpo. Ele sobreviveu ao atentado. Danielle morreu no hospital.

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O casal vivia em situação de rua, em São José dos Campos, e consumia drogas, segundo testemunhas. Eles mantinham um relacionamento de pouco tempo quando foram atacados por um ex-namorado de Danielle, que foi preso pela Polícia Civil. 
O crime aconteceu em 1º de junho deste ano, na região do bairro Dom Pedro, na zona sul de São José. Danielle morreu em 15 de junho no Hospital Municipal, na Vila Industrial, onde estava internada no setor de queimados.

O homem preso tem 34 anos e não tinha antecedentes criminais. Ele é conhecido como ‘Alemãozinho’ ou ‘Sombra’ e não estava em situação de rua. De acordo com testemunhas, ele teria tido um relacionamento com Danielle.

“À primeira vista ele era uma pessoa normal. Não vem rótulo estampado no rosto ‘sou mostro’”, disse Dalva sobre Alemãozinho. Ele foi recebido pela família em um Natal, quando começou a namorar Danielle.

Danielle e Sombra chegaram a morar juntos numa casa no bairro Dom Pedro 2º, mas a união durou pouco tempo e ela voltou às ruas. Sombra não teria aceitado o término do namoro e começou a perseguir a mulher, que frequentava o PEV (Ponto de Entrega Voluntária) do bairro Dom Pedro, atrás de materiais recicláveis.

Sem aceitar o fim do relacionamento, o rapaz armou uma emboscada para Danielle e o novo namorado. Ele conseguiu trancar os dois em um cômodo conhecido como cativeiro, que fica nos fundos de ferro velho, na região sul.

Lá ele ateou fogo no local e o casal foi queimado. O incêndio foi tão forte que a mata nas proximidades do cativeiro foi destruída. A fumaça foi presenciada de longe por populares.

“Foi bem recebido na minha casa para depois matar minha filha. Só poque não queria mais”, disse Dalva.

Depois de ser entregue por testemunhas que ele estaria no local do crime, Alemãozinho foi levado para a delegacia. Os investigadores da Delegacia de Homicídios de São José dos Campos tentaram ouvir o suspeito. Mas ele, com gestos, afirmou que era gago e mudo. “Testemunhas comprovavam que ele estava naquele dia. Ele negou todos os fatos, mas confirmou que teve relacionamento. Ele nega o que foi falado pelas testemunhas”, disse o delegado Neimar Camargo Mendes.