Vou ter que começar com alguns clichês, leitores.
A neurociência é profundamente transformadora e eu posso provar. A neurociência é para todos e eu posso provar também!
Quer saber como economizar dinheiro aplicando a neurociência? Leia este artigo até o fim que eu te conto como se consegue isso e ainda te proporciono um bônus literário de prática de (des)automatização de comportamentos!
Hum...
Se eu não iniciasse este artigo dessa forma, não tenho certeza se você se conectaria comigo nessa leitura. Sim, eu vou te contar como economizei dinheiro, trezentos reais pra ser exata, porque isso realmente aconteceu comigo. Mas quero mesmo, com essa minha primeira historinha da vida real, propor uma reflexão seríssima sobre como, ao mudar a forma de pensar a relação com a neurociência - ou outra vertente que seja altamente significativa em sua vida - a transformação profunda acontece.
Bombástico: não é milagre mas é, a depender da perspectiva que se olha.
O aprendizado andragógico é um desafio permanente da vida adulta. E ele pode tornar-se um peso quando não conseguimos nos desprender e desapegar, tanto de um lugar de não suspensão de estado de crenças, quanto da inércia que muitas vezes nos domina.
Ao jamais nos abrirmos para o novo, estamos fortalecendo os nossos automatismos e com isso, retroalimentamos tudo aquilo que nos mantém em estados de sensações negativas e hipervigilantes. Quanto já sabemos tudo, tudo mesmo?
Tá bom, Márcia... Talvez eu já tenha entendido o que quer propor, tá tudo lindo mas… E daí? Como foi que você economizou grana usando os ensinamentos da neurociência na prática? (risos)
Percebeu um pouquinho como está operando o seu sistema encefálico do aspecto produção dopaminérgica?
A historinha: num feriado prolongado, isso no ano passado, decidi que iria me ocupar de puro descanso. Sem compromissos, viagens, obrigações e afazeres.
Não mais que de repente, um entupimento no ralo do meu banheiro inundou o corredor até quase nos quartos. Eu resido em apartamento. Que chateação! Liguei para três prestadores de serviços de desentupimento e eles queriam, por ser feriado, cobrar-me trezentos reais.
Pensei: eu vou tentar resolver. Se não der, paciência. Comprei o bom produto desentupidor há décadas conhecido e...Tchã-rã! Com apenas dezoito reais gastos, deu tudo certo! Em tempo: não estou com isto querendo te incentivar a não contratar o trabalho de especialistas, está bem? Há coisas que simplesmente não é possível de acontecer assim.
E a neurociência, entrou onde nessa história?
Se ainda não ouviu falar em emoções de valência positiva e negativa, leia meus artigos anteriores por aqui.
Ao morrer de orgulho de mim por ter resolvido um problema doméstico e ainda por cima economizado um dinheiro considerável, essa dopamina transformou completamente o sentimento de aborrecimento por ter perdido o descanso do feriado, uma emoção de valência negativa, em outra de valência completamente positiva.
Te prometi aqui em cima que falaria sobre como (des)automatizar comportamentos: menos utilitarismo e excesso de racionalidade e mais emocionalidade e conexões genuínas.
E isso é neurociência na veia!
Márcia Pires é Sexóloga e Gestora de RH (piresmarcia@msn.com)