16 de julho de 2024
Eleições 2024

Silas Feitosa quer implantar VLT e parceria com setor privado

Por Marcela Franco | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 4 min
Divulgação
Silas Feitosa, pré-candidato à prefeitura de Jundiaí, no programa “Difusora 360”, da Rádio Difusora Jundiaí

Silas Feitosa, além de pré-candidato à Prefeitura de Jundiaí pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), é professor universitário e está na vida pública há mais de 25 anos. Ele atuou como gestor da Escola de Gestão Pública de Jundiaí e agora, em sua pré-campanha, propõe a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como alternativa aos meios de transporte convencionais e uma parceria na saúde entre os sistemas público e privado para desafogar as filas de espera por exames e consultas.

"Pretendo interligar os bairros e os bairros para o Centro através do VLT, o que vai melhorar a poluição e o trânsito. Jundiaí é uma cidade antiga, é perfeitamente possível que isso dê certo aqui", afirmou, em entrevista no programa "Difusora 360" da Rádio Difusora Jundiaí, na tarde de ontem (17), durante uma agenda de debates da emissora sobre as eleições municipais de 2024.

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é um sistema de transporte público urbano que utiliza trens elétricos de pequeno porte, circulando em trilhos geralmente instalados ao nível do solo. Este meio de transporte é reconhecido por sua eficiência energética, capacidade de reduzir a poluição ambiental e descongestionar o trânsito nas cidades.

No campo da saúde, ele propõe a criação do programa Medicina Jundiaí, integrando a rede pública com a privada, de forma que, quando a rede municipal estiver sobrecarregada, a prefeitura possa direcionar os pacientes da fila para uma clínica ou hospital particular, “acertando as contas” de outra maneira. "Eu quero criar uma rede conveniada entre público e privada, pois se o serviço público não pode atender, o privado atende e a prefeitura resolve com o convênio depois. O que não pode acontecer é deixar sem atendimento, que é o que acontece hoje", disse.

Em suas redes sociais, Silas critica a atual gestão municipal e acredita que ela faça parte de um ciclo de décadas que precisa de mudança. "Nós precisamos de uma ampla renovação na vida pública. Existem duas cidades de Jundiaí hoje: uma da propaganda, que gasta muito dinheiro para colocar na cabeça das pessoas que a cidade é uma coisa, sendo que a realidade é outra, e a outra é a Jundiaí real, a Ponte São João sem segurança, a Vila Arens que é perigosa, comércios sendo fechados e temendo a criminalidade em sua volta."

CRÍTICAS E PROPOSTAS

Sobre a criminalidade, Silas tem um posicionamento contundente. "Nós precisamos mandar um recado para os bandidos. É um banditismo que não respeita as pessoas, é um conjunto de violência e nada está sendo feito. Por isso eu questiono se eles têm competência para isso, e ao meu ver, não têm, visto que estão há oito anos no governo e até agora não houve nenhuma ação eficaz, é feito apenas propaganda”, ressaltou.

Silas também critica a falta de habitação popular nos últimos oito anos e, mesmo se identificando como direitista e a favor da liberdade econômica, defende um programa habitacional para atender as camadas mais humildes. "Eu não sou contra o mercado imobiliário, as pessoas também querem ganhar dinheiro e há demanda para isso, para apartamentos de luxo, mas nós estamos afastando o jundiaiense de Jundiaí e pensando somente em uma fração da população, porque a maioria não tem dinheiro para arcar com o valor do aluguel. Jundiaí está ficando uma cidade muito cara. Então, no meu plano de governo está implementar programa da habitação popular e atender as camadas humildes. De nada adianta a cidade ser rica se o seu governo não for generoso com quem mais precisa."

Na área da educação, Silas faz uma leitura conservadora sobre os atuais projetos da administração de fomento aos projetos voltados à infância, dentro das diretrizes do programa Cidade das Crianças. Para ele, intervenções como o Comitê das Crianças e o desemparedamento escolar atrapalham o rendimento. "Educação é o que é e não é necessária inovação, a base tem que ser bem dada. Não adianta nada disso se a criança, no final, não sabe interpretar bem um texto ou fazer uma conta simples de matemática. Eu quero trabalhar em parceria com os professores, pois entendo e sei o que eles realmente precisam", afirmou. Ele ainda disse que quer implementar em Jundiaí um currículo simples, que ensine português, matemática e literatura, para depois, evoluir a capacidade dos estudantes.

Por fim, Silas criticou a falta de ações com prazo determinado e reforçou a importância do emprego. Ele também encerrou falando sobre a necessidade de um programa de ajuste fiscal. "A minha independência vai me garantir meios de redução de gastos desnecessários e fazer que seja encaminhado para aquilo que seja fundamental."

Ele concluiu dizendo que espera que os munícipes tenham interesse em conhecer suas ideias e projetos. "Ao me conhecerem, vão analisar meus projetos e me darem a oportunidade de mudar essa cidade."