27 de julho de 2024
ESTELIONATO

Reaparece carro de tio enganado por sobrinho em loja de Jundiaí

Por Fábio Estevam | Polícia
| Tempo de leitura: 2 min
JORNAL DE JUNDIAÍ
O caso segue em investigação pela DIG de Jundiaí

Cinco meses após denúncia feita à polícia, por um homem em Jundiaí, vítima se estelionato cujo sobrinho é o suspeito do crime - por vender o carro do tio em sua loja de veículos, e não repassar a ele o valor de direito -, o veículo reapareceu. O Honda CR-V foi interceptado por guardas municipais nesta semana, em Campo Limpo Paulista, sendo que o atual dono - sem saber o que estava acontecendo, e agora também vítima da situação -, terá 'dor de cabeça' para reaver o veículo ou o dinheiro que pagou pelo carro, que só foi recuperado após investigação da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

Em outubro do ano passado, a vítima, de 72 anos, deixou seu Honda CR-V em consignação em uma loja de veículos em Jundiaí, pertencente a seu sobrinho, com a orientação de que fosse vendido pelo valor de R$ 72 mil. Novembro e dezembro se passaram e a vítima, que não havia tido nenhum retorno do sobrinho, descobriu que o carro havia sido vendido, sem que ele tivesse recebido o valor referente à venda. O tio então passou a fazer contato com o sobrinho, dono da loja, que por muitas vezes o ignorou. Nas vezes em que o atendeu, e acordo com a vítima, ele inventou desculpas e dizia que iria dar-lhe o dinheiro do carro. Ainda de acordo com o idoso, ele acabou descobrindo que o golpe já havia sido dado pela loja do sobrinho outras vezes.

Como isso não aconteceu, em janeiro deste ano o tio registrou Boletim de Ocorrência contra a loja do sobrinho, por estelionato, levando a DIG a investigar o caso. Durante as investigações, o emplacamento do carro foi cadastrado no sistema de leitura de placas das cidades da região, sendo que, na última quarta-feira (15), guardas municipais interceptaram o Honda em trânsito no bairro Botujuru, em Campo Limpo. Na condução estava um homem de 35 anos, que alegou ter pago R$ 30 mil de entrada e financiado pelo banco a quantia de R$ 46,9 mil. Além disso, apresentou também aos GMs toda a documentação de compra e venda.

Entendendo, portanto, que o atual dono do carro não sabia que o veículo, no momento, era alvo de investigação policial sobre estelionato, o delegado o qualificou também como vítima e determinou que o carro fosse depositado aos cuidados do antigo dono (o tio). Neste caso, o veículo está proibido de circular, até que o imbróglio seja resolvido - o sobrinho continua sendo investigado por estelionato.